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10/10/2003
-
08h26
da Folha Online
A Anistia Internacional saudou hoje a atribuição do Prêmio Nobel da Paz à advogada iraniana Shirin Ebadi, 56, e disse que "o Comitê Nobel Norueguês reconheceu a importância decisiva dos direitos humanos e das pessoas que os defendem no mundo inteiro".
Em um comunicado, a Anistia Internacional declarou que "esta recompensa, que acontece num momento em que os princípios dos direitos humanos são cada vez mais ameaçados, dará novas esperanças a todos os implicados na defesa cotidiana dos direitos do homem".
Ebadi venceu hoje o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho na defesa dos direitos humanos e na promoção da democracia. Ela é a 11ª mulher a ser consagrada com o prêmio desde 1901.
"Como advogada, juíza, professora, escritora e militante, [Ebadi] atuou claramente e com decisão em seu país, Irã, e muito mais além de suas fronteiras", afirmou o Comitê Nobel, durante o anúncio oficial.
Candidatos
Ebadi foi escolhida entre um grupo de 165 candidatos, entre eles o papa João Paulo 2º, o ex-presidente tcheco Vaclav Havel e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O prêmio, que será entregue em Oslo (Noruega) no dia 10 de dezembro, é dotado de 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,32 milhões).
Ebadi defende a reforma do islamismo e é partidária de uma nova interpretação da lei islâmica em harmonia com os direitos humanos, como a democracia, a igualdade ante a lei, a liberdade de religião e de expressão. Como juíza, participou de processos muito controversos no Irã e defendeu familiares de escritores e intelectuais assassinados entre 1999 e 2000.
Em 1974, Ebadi foi a primeira mulher a tornar-se juíza no Irã, mas teve de deixar o cargo depois da Revolução Islâmica de 1979. Os dirigentes religiosos decretaram na época que as mulheres eram emotivas demais para dirigir um tribunal.
Posteriormente, ela atuou na defesa dos direitos das mulheres e das crianças em uma sociedade muçulmana ultraconservadora e dava ajuda jurídica às pessoas perseguidas, apesar das ameaças que sofria das autoridades.
Com agências internacionais
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Iraniana Shirin Ebadi ganha o Nobel da Paz
Anistia Internacional saúda atribuição do Nobel da Paz a Ebadi
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A Anistia Internacional saudou hoje a atribuição do Prêmio Nobel da Paz à advogada iraniana Shirin Ebadi, 56, e disse que "o Comitê Nobel Norueguês reconheceu a importância decisiva dos direitos humanos e das pessoas que os defendem no mundo inteiro".
Em um comunicado, a Anistia Internacional declarou que "esta recompensa, que acontece num momento em que os princípios dos direitos humanos são cada vez mais ameaçados, dará novas esperanças a todos os implicados na defesa cotidiana dos direitos do homem".
Ebadi venceu hoje o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho na defesa dos direitos humanos e na promoção da democracia. Ela é a 11ª mulher a ser consagrada com o prêmio desde 1901.
"Como advogada, juíza, professora, escritora e militante, [Ebadi] atuou claramente e com decisão em seu país, Irã, e muito mais além de suas fronteiras", afirmou o Comitê Nobel, durante o anúncio oficial.
Candidatos
Ebadi foi escolhida entre um grupo de 165 candidatos, entre eles o papa João Paulo 2º, o ex-presidente tcheco Vaclav Havel e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O prêmio, que será entregue em Oslo (Noruega) no dia 10 de dezembro, é dotado de 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,32 milhões).
Ebadi defende a reforma do islamismo e é partidária de uma nova interpretação da lei islâmica em harmonia com os direitos humanos, como a democracia, a igualdade ante a lei, a liberdade de religião e de expressão. Como juíza, participou de processos muito controversos no Irã e defendeu familiares de escritores e intelectuais assassinados entre 1999 e 2000.
Em 1974, Ebadi foi a primeira mulher a tornar-se juíza no Irã, mas teve de deixar o cargo depois da Revolução Islâmica de 1979. Os dirigentes religiosos decretaram na época que as mulheres eram emotivas demais para dirigir um tribunal.
Posteriormente, ela atuou na defesa dos direitos das mulheres e das crianças em uma sociedade muçulmana ultraconservadora e dava ajuda jurídica às pessoas perseguidas, apesar das ameaças que sofria das autoridades.
Com agências internacionais
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