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Vice dos EUA ganha apoio da República Tcheca para escudo antimísseis
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da Folha Online
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou nesta sexta-feira em visita a Praga que a República Tcheca está disposta a participar no novo projeto de escudo antimísseis americano. O país tornou-se assim o terceiro apoio declarado europeu ao projeto, depois da Polônia e Romênia.
"Aprecio a declaração do primeiro-ministro de que a República Tcheca está disposta a participar na nova arquitetura", declarou Biden durante uma entrevista a jornalistas ao lado do premiê tcheco, Jan Fischer.
Em 17 de setembro passado, Barack Obama anunciou que seu governo havia desistido do acordo fechado em 2008 entre Varsóvia e Washington que previa a instalação de dez interceptores de mísseis balísticos de longo alcance até 2013 na Polônia e um potente radar na República Tcheca.
Saiba mais sobre o novo plano antimísseis dos EUA na Europa
A ideia da administração Obama é investir em tecnologia mais moderna, bases marítimas em vez de apenas terrestres e interceptores móveis --capazes de se adaptar às ameaças quando e onde estiverem. Assim, as instalações previstas para Polônia e República Tcheca não seriam mais necessárias.
Biden fez um tour pela Europa central e oriental nesta semana para reiterar o compromisso dos EUA com a região e amenizar as preocupações da Polônia e da República Tcheca com a mudança dos planos americanos para o sistema de defesa.
Os dois países viam no sistema proposto por George W. Bush uma forma de se proteger do avanço russo na região, principalmente pelo controle dos suprimentos de energia. A Rússia, por sua vez, comemorou a mudança de planos como um recuo das forças americanas que estavam em franca expansão na região.
Biden disse ainda que as autoridades de defesa devem discutir as formas de cooperação no novo plano. "Uma equipe de alto escalão de defesa virá a Praga no começo de novembro para discutir isso, assim como a cooperação em várias áreas."
A participação tcheca no novo sistema americano depende em parte da formação do novo governo, depois das eleições de meados de 2010.
Os partidos de direita do país apoiam a participação no sistema, mas a esquerda se pôs ao plano da era Bush e não assumiu posição oficial sobre o novo projeto.
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