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13/10/2003
-
12h31
da France Presse, em La Paz
da Folha Online
O vice-presidente da Bolívia e presidente do Congresso, Carlos Mesa, rompeu hoje com o presidente Gonzalo Sánchez de Lozada, em desacordo por seu controle da crise social, embora não tenha renunciado ao cargo, informou em uma entrevista à imprensa em sua residência particular.
"Não apoio o governo nesta ação, não posso aceitar como cidadão nem como homem de princípios que a resposta seja a morte para a pressão popular, e não creio que o diálogo proposto pelo governo seja suficiente", declarou.
Várias manifestações populares contra a exportação de gás em condições de desvantagem para o país e pela renúncia de Sánchez de Lozada foram reprimidas com violência em El Alto, foco do conflito, durante os últimos dias com um saldo de mais de 30 mortes e uma centena de feridos.
Reivindicações
Os trabalhadores exigem a renúncia de Lozada, acusado de ter ligações muito fortes com os EUA na luta contra o narcotráfico e de querer exportar petróleo e gás natural para o governo norte-americano por meio de um porto chileno --país que mantém uma relação problemática com a Bolívia.
Os manifestantes querem a suspensão dos planos da Bolívia de aumentar as exportações de gás natural, provavelmente para o México e para os EUA. Eles são contrários às exportações porque alegam que o produto deveria ser usado para abastecer, gratuitamente, 250 mil residências que não têm acesso a gás.
Eles também defendem que o gás seja processado na Bolívia para que o país busque vender um produto com maior valor agregado.
Além disso, parte da oposição reclama que o produto teria de ser exportado via costa norte do Chile --região disputada pelos dois países. O território era a única saída para o mar que a Bolívia possuía e foi perdido para Santiago na Guerra do Pacífico, em 1879.
O projeto de exportação de gás aos EUA, que refere-se ao decreto, desatou uma polêmica por causa da utilização [para esta exportação] de um porto peruano ou chileno, o que gerou, por parte dos trabalhadores, um pedido para que fosse suspensa a exportação para os EUA e a renúncia de Lozada.
Vice-presidente boliviano retira apoio a Lozada, mas não renuncia
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da Folha Online
O vice-presidente da Bolívia e presidente do Congresso, Carlos Mesa, rompeu hoje com o presidente Gonzalo Sánchez de Lozada, em desacordo por seu controle da crise social, embora não tenha renunciado ao cargo, informou em uma entrevista à imprensa em sua residência particular.
"Não apoio o governo nesta ação, não posso aceitar como cidadão nem como homem de princípios que a resposta seja a morte para a pressão popular, e não creio que o diálogo proposto pelo governo seja suficiente", declarou.
Várias manifestações populares contra a exportação de gás em condições de desvantagem para o país e pela renúncia de Sánchez de Lozada foram reprimidas com violência em El Alto, foco do conflito, durante os últimos dias com um saldo de mais de 30 mortes e uma centena de feridos.
Reivindicações
Os trabalhadores exigem a renúncia de Lozada, acusado de ter ligações muito fortes com os EUA na luta contra o narcotráfico e de querer exportar petróleo e gás natural para o governo norte-americano por meio de um porto chileno --país que mantém uma relação problemática com a Bolívia.
Os manifestantes querem a suspensão dos planos da Bolívia de aumentar as exportações de gás natural, provavelmente para o México e para os EUA. Eles são contrários às exportações porque alegam que o produto deveria ser usado para abastecer, gratuitamente, 250 mil residências que não têm acesso a gás.
Eles também defendem que o gás seja processado na Bolívia para que o país busque vender um produto com maior valor agregado.
Além disso, parte da oposição reclama que o produto teria de ser exportado via costa norte do Chile --região disputada pelos dois países. O território era a única saída para o mar que a Bolívia possuía e foi perdido para Santiago na Guerra do Pacífico, em 1879.
O projeto de exportação de gás aos EUA, que refere-se ao decreto, desatou uma polêmica por causa da utilização [para esta exportação] de um porto peruano ou chileno, o que gerou, por parte dos trabalhadores, um pedido para que fosse suspensa a exportação para os EUA e a renúncia de Lozada.
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