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Milhares protestam em Londres por fim da guerra no Afeganistão
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da Efe, em Londres
Cerca de cinco mil pessoas, incluindo parentes de soldados, se concentraram hoje nas ruas do centro de Londres para pedir o fim da guerra no Afeganistão, segundo os cálculos da Scotland Yard.
A chamada "Coalizão para Parar a Guerra", organizadora do ato, afirmou que se trata da primeira marcha convocada especificamente contra o conflito afegão desde seu início, em 2001.
O centro das atenções na manifestação foi o cabo do Exército britânico Joe Glenton, que em novembro irá a julgamento em um tribunal militar por se recusar a retornar ao Afeganistão, onde já morreram 222 soldados do Reino Unido desde o início da guerra.
"Estou hoje aqui para protestar com vocês porque acho que foram cometidos grandes erros no Afeganistão", disse Glenton perante a multidão, que marchou do Hyde Park até a Praça Trafalgar.
O cabo, que participou da manifestação desobedecendo as ordens de seus superiores, ressaltou sua resistência em lutar em uma guerra que, para ele, não é "legal" nem "justificável".
"O sangue do meu filho"
Entre os manifestantes que discursaram também se destacaram o deputado antibelicista George Galloway, o romancista, historiador e ativista político Tariq Ali, e Peter Brierley, cujo filho, Shaun Brierley, morreu na Guerra do Iraque.
Brierley ganhou fama no mês passado por repreender o ex-premiê Tony Blair, que levou os britânicos às guerras do Iraque e do Afeganistão, após uma missa em Londres em memória dos soldados do Reino Unido mortos no Iraque.
O pai do soldado se negou a cumprimentar Blair e afirmou: "O senhor tem o sangue do meu filho em suas mãos".
A manifestação acontece no momento em que uma pesquisa de opinião feita pelo "Channel 4" aponta que 62% dos britânicos querem a retirada das tropas do Afeganistão.
No último dia 14, o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, anunciou um plano para aumentar de 9 mil para 9.500 o número de militares britânicos no Afeganistão.
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