Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/10/2003 - 10h45

Madre Teresa será beatificada no domingo e ganha seguidores

Publicidade

da France Presse, em Calcutá

O exemplo de Madre Teresa de Calcutá, que será beatificada no domingo (12) no Vaticano, continua inspirando milhares de voluntários indianos e estrangeiros que, com abnegação, dão uma ajuda preciosa aos pobres e enfermos.

Entre esses voluntários, figura a belga Christiane Plompen, que chegou à Índia há dois meses com um visto de turista. "No início, trabalhava com os órfãos em Shishu Bhavan", um dos seis centros de Calcutá (leste da Índia) dirigidos pelas Missionárias da Caridade, ordem fundada em 1950 por Madre Teresa, explica esta secretária aposentada.

"Depois de algum tempo, o choro permanente (das crianças) me afetou", disse. Posteriormente, transferida posteriormente a um centro para menores inválidos, um trabalho que a empolga.

Seu trabalho consiste em lavar, vestir e alimentar esses jovens incapacitados. Às vezes é muito penoso. Alguns são exigentes e pedem uma atenção constante, mas "a experiência dá numerosas satisfações", diz esta mulher, viúva com duas filhas que viajou à Índia depois de ver um filme sobre Madre Teresa há seis anos. "Estou feliz de viver aqui."

Vineet Rohatgi, jovem empresário de Calcutá que trabalhou 13 anos no centro de Kalighat, o primeiro criado por Madre Teresa, testemunha: "Centenas de voluntários vieram depois da morte (da religiosa albanesa). Eu pensava que o número diminuiria".

Consultora

Marie Dubois, 22, deixou seu trabalho de consultora em comunicações em Paris para incorporar-se como voluntária a um centro de indigentes também de Calcutá. Descobriu Madre Teresa através da leitura.

"No Ocidente, as qualidades de Madre Teresa --amor e atenção aos demais-- estão muito em falta", explica a jovem, que não tem a intenção de ficar.

"É uma vocação muito bonita, mas não é para mim. Achei que esta experiência me faria bem, mas agora quero fundar uma família".

Os voluntários estrangeiros têm dificuldades na hora de comunicar-se com os necessitados e enfermos. "Às vezes pedimos um intérprete", precisa uma jovem estudante de medicina de Malta.

"Não entendo o que esta gente diz", exclama Martin Haynes, um executivo americano de Illinois que leva um paralítico nepalês para sua cama de madeira. "Não importa, o importante é entender seu estado de ânimo, suas alegrias e sua dor", acrescenta.

Jayanto Ranjan Mukherjee, médico indiano que trabalha em Kalighat desde 1985, disse que viu centenas de personalidades, entre as quais o governador californiano Jerry Brown e Danielle Mitterrand, viúva do presidente francês, trabalhando como voluntários.

"O que mais chama a atenção nos centros de Madre Teresa é a existência de uma sociedade sem distinções. Aqui, os ricos e os poderosos se ocupam dos mais pobres".

Especial
  • Leia outras notícias sobre o papa João Paulo 2º
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página