Publicidade
Publicidade
15/10/2003
-
20h22
da France Presse, em Bogotá
Um primeiro encontro entre as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e uma comissão da Igreja Católica abriu caminho para uma negociação entre o governo e o movimento guerrilheiro sobre uma troca de reféns por rebeldes presos.
Por outro lado, a segunda comissão da Igreja que atuava para a libertação de sete estrangeiros sequestrados há um mês pelo ELN (Exército de Libertação Nacional) não teve resultados, pois a guerrilha nunca se manifestou para iniciar as negociações.
O encontro entre as autoridades religiosas e as Farc, revelado hoje, ocorreu há duas semanas nas montanhas colombianas e foi o primeiro organizado para explorar a possibildade de um acordo humanitário, desde a ruptura do processo de paz no dia 20 de fevereiro de 2002.
"Foi um encontro direto, de alto nível. Dialogou-se sobre o acordo humanitário", disse Augusto Castro, vice-presidente da Conferência Episcopal Colombiana (CEC) e membro da comissão, que se reuniu com o número dois das Farc, Raúl Reyes.
"Acredito que podemos ser otimistas", acrescentou Auguso Castro, acrescentando que a comissão atua em nome da Igreja e não do governo.
Reivindicação
Um dos temas evocados na reunião foi o requerimento pelas Farc de uma área "comparável" à de 13 mil km² que tinha sido desmilitarizada durante um mês, em junho de 1997, para a entrega à Cruz Vermelha de 70 soldados, durante o governo de Ernesto Samper (1994-1998).
"É claro que se necessita uma zona de segurança, onde possam chegar tranquilamente para realizar o intercâmbio. Quando as Farc falam em desmilitarização de uma área, não significa um ou dois Departamentos", disse Augusto Castro.
O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, que sempre se opôs à zona de 42 mil km² controlada pelas Farc durante o fracassado processo de paz, repetiu que "não haverá um só milímetro desmilitarizado" durante o seu governo.
Apesar de terem manifestado sua vontade de alcançar um acordo humanitário, as Farc e o governo mantêm divergências sobre a quantidade de sequestrados incluídos no pacto humanitário, e o lugar aonde iriam os rebeldes libertados.
As Farc pretendem trocar cerca de 20 políticos, entre eles a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, sequestrada três dias depois da ruptura do diálogo de paz, 40 militares e policiais e três americanos por cerca de 300 rebeldes presos.
Uribe exige a libertação de todos os reféns das Farc --não só políticos e militares-- e propõe que os guerrilheiros libertados sejam encaminhados para outro país, que poderia ser a França.
ELN
Enquanto isto, uma outra comissão da Igreja Católica, que atuava para a libertação de sete estrangeiros sequestrados há um mês pelo ELN, fracassou em sua missão, pois a guerrilha não apareceu para iniciar as negociações, disse hoje o bispo de Santa Marta (norte), Ugo Puccini.
O comitê eclesiástico, cuja mediação foi aprovada pelo governo e pelo ELN, esperou cinco dias em Santa Marta sem receber "nenhum sinal" da guerrilha, que solicitou na segunda-feira (13) a participação da comunidade internacional nas negociações.
O pedido rejeitado ontem por Uribe.
Especial
Leia mais sobre o conflito na Colômbia
Igreja e Farc iniciam diálogo na Colômbia; ELN não negocia
Publicidade
Um primeiro encontro entre as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e uma comissão da Igreja Católica abriu caminho para uma negociação entre o governo e o movimento guerrilheiro sobre uma troca de reféns por rebeldes presos.
Por outro lado, a segunda comissão da Igreja que atuava para a libertação de sete estrangeiros sequestrados há um mês pelo ELN (Exército de Libertação Nacional) não teve resultados, pois a guerrilha nunca se manifestou para iniciar as negociações.
O encontro entre as autoridades religiosas e as Farc, revelado hoje, ocorreu há duas semanas nas montanhas colombianas e foi o primeiro organizado para explorar a possibildade de um acordo humanitário, desde a ruptura do processo de paz no dia 20 de fevereiro de 2002.
"Foi um encontro direto, de alto nível. Dialogou-se sobre o acordo humanitário", disse Augusto Castro, vice-presidente da Conferência Episcopal Colombiana (CEC) e membro da comissão, que se reuniu com o número dois das Farc, Raúl Reyes.
"Acredito que podemos ser otimistas", acrescentou Auguso Castro, acrescentando que a comissão atua em nome da Igreja e não do governo.
Reivindicação
Um dos temas evocados na reunião foi o requerimento pelas Farc de uma área "comparável" à de 13 mil km² que tinha sido desmilitarizada durante um mês, em junho de 1997, para a entrega à Cruz Vermelha de 70 soldados, durante o governo de Ernesto Samper (1994-1998).
"É claro que se necessita uma zona de segurança, onde possam chegar tranquilamente para realizar o intercâmbio. Quando as Farc falam em desmilitarização de uma área, não significa um ou dois Departamentos", disse Augusto Castro.
O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, que sempre se opôs à zona de 42 mil km² controlada pelas Farc durante o fracassado processo de paz, repetiu que "não haverá um só milímetro desmilitarizado" durante o seu governo.
Apesar de terem manifestado sua vontade de alcançar um acordo humanitário, as Farc e o governo mantêm divergências sobre a quantidade de sequestrados incluídos no pacto humanitário, e o lugar aonde iriam os rebeldes libertados.
As Farc pretendem trocar cerca de 20 políticos, entre eles a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, sequestrada três dias depois da ruptura do diálogo de paz, 40 militares e policiais e três americanos por cerca de 300 rebeldes presos.
Uribe exige a libertação de todos os reféns das Farc --não só políticos e militares-- e propõe que os guerrilheiros libertados sejam encaminhados para outro país, que poderia ser a França.
ELN
Enquanto isto, uma outra comissão da Igreja Católica, que atuava para a libertação de sete estrangeiros sequestrados há um mês pelo ELN, fracassou em sua missão, pois a guerrilha não apareceu para iniciar as negociações, disse hoje o bispo de Santa Marta (norte), Ugo Puccini.
O comitê eclesiástico, cuja mediação foi aprovada pelo governo e pelo ELN, esperou cinco dias em Santa Marta sem receber "nenhum sinal" da guerrilha, que solicitou na segunda-feira (13) a participação da comunidade internacional nas negociações.
O pedido rejeitado ontem por Uribe.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice