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17/10/2003 - 20h44

Vice assumirá a presidência boliviana, diz Evo Morales

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da France Presse, em La Paz
da Folha Online

O líder opositor Evo Morales afirmou que o vice-presidente da Bolívia, Carlos Mesa, vai assumir a presidência em substituição da Gonzalo Sánchez de Lozada, que teria enviado hoje sua renúncia ao Congresso.

Morales disse que Mesa deve convocar uma assembléia constituiente, motivo pelo qual "o povo boliviano se rebelou".

"Mesa tem de organizar a assembléia constituinte, que é o pedido do povo boliviano. Se for necessário um ano, dois, três ou quatro anos, isso acontecerá", declarou, falando à rede de televisão Unitel.

A Constituição boliviana estabelece que o vice-presidente deve completar o período do presidente demissionário, mas setores da oposição pediram que Mesa governe alguns meses e convoque novas eleições.

Mesa

Historiador e jornalista, Carlos Mesa, 50, tornou-se vice-presidente da Bolívia em agosto de 2002, como companheiro de chapa de Gonzalo Sánchez de Lozada, 73.

Mesa, que também é presidente do Congresso, chegou ao cargo graças à reputação de intelectual que construiu em uma carreira de sucesso no ramo das comunicações. Após fundar uma produtora de telejornais, que em 1990 transformou-se em uma rede nacional de televisão --Periodistas Asociados Televisión (PAT)--, converteu-se em um dos "formadores de opinião" mais conhecidos do país.

Na segunda-feira (13), Mesa rompeu com Sánchez de Lozada, em desacordo por seu controle da crise social, embora não tenha renunciado ao cargo.

"Não apoio o governo nesta ação, não posso aceitar como cidadão nem como homem de princípios que a resposta seja a morte para a pressão popular, e não creio que o diálogo proposto pelo governo seja suficiente", declarou.

Mesa nasceu em 12 de agosto de 1953 na cidade de La Paz. Estudou Literatura na Universidade Mayor de San Andrés. É membro da Sociedade Boliviana de História.

Começou muito jovem a trabalhar como jornalista nas Radiodifusoras Cristal. Aos 23 anos, participou da fundação da Cinemateca Boliviana, foi subdiretor do jornal "Ultima Hora" entre 1982 e 1983.

Em 1994 ganhou o Prêmio Internacional de Jornalismo "Rey de España" e em 2000 o Prêmio de Jornalismo da Fundação Manuel Vicente Ballivián.

Mesa escreveu dez livros. O primeiro deles, "Cine boliviano, del realizador al crítico" (Cinema boliviano, do realizador ao crítico) foi publicado em 1979 em colaboração com outros autores.

Uma de suas obras mais importantes é "Presidentes de Bolivia: entre urnas y fusiles" (Presidentes da Bolívia: entre urnas e fuzis, 1983).

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