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20/10/2003 - 18h17

Soldado americano é morto; polícia frusta atentado no Iraque

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da France Presse, em Bagdá

Um soldado americano morreu e cinco ficaram feridos hoje em um ataque no Iraque, enquanto a polícia frustrou uma tentativa de assassinato contra um dirigente iraquiano, depois da difusão de mensagens atribuídas a Osama Bin Laden e a Saddam Hussein pedindo resistência aos iraquianos.

"Uma patrulha da 82ª Divisão Aerotransportada [dos EUA] foi atacada com um artefato explosivo, depois com armas leves. Um soldado morreu em combate e cinco ficaram feridos", informou em um comunicado a coalizão militar dirigida pelos Estados Unidos.

O ataque, realizado em Fallujah, 50 km ao oeste de Bagdá, é o terceiro contra um comboio americano cometido na mesma região nas últimas 24 horas.

Segundo duas testemunhas, os soldados americanos feriram três civis ao responder ao ataque abrindo fogo.

As novas vítimas elevam a 104 o número de soldados americanos mortos após o anúncio do fim das principais operações militares no país, no dia 1º de maio.

Atentado frustrado

A polícia do Iraque, por sua vez, deteve um iraquiano que tentava colocar 25 quilos de explosivos sob o carro do governador adjunto da Província de Diyala (leste), Ghassan Abbas. Ele afirmou querer "causar danos aos americanos".

Esses ataques ocorrem depois que mensagens atribuídas ao presidente deposto Saddam Hussein e ao chefe da rede terrorista Al Qaeda, Osama Bin Laden, pediram resistência contra a corrupção.

Uma mensagem escrita atribuída a Saddam Hussein foi divulgada ontem. Ela pede aos chefes tribais iraquianos que levem a cabo uma jihad ("guerra santa") e ataquem com firmeza aqueles que colaboram com as forças de ocupação.

No sábado (18), a televisão via satélite catariana Al Jazira transmitiu uma nova gravação sonora atribuída a Bin Laden, na qual a voz do líder terrorista ameaça cometer novos atentados contra os Estados Unidos e seus aliados, em particular Reino Unido, Espanha, Austrália, Polônia, Japão e Itália.

A gravação é provavelmente autêntica, segundo um dirigente da CIA (agência de inteligência dos EUA). que pediu anonimato.

Guerra

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deve pedir hoje em Bangcoc (Tailândia) aos 20 países do Fórum de Cooperação Econômica de Ásia Pacífico (Apec) um apoio maior na "guerra contra o terrorismo" e fundos para a reconstrução do Iraque.

O custo é calculado em US$ 56 bilhões para o período 2004-2007.

Ao contrário da atitude tomada por Alemanha, França ou Rússia, a Grécia anunciou uma contribuição financeira nacional, cujo montante não foi precisado, além de sua participação nos 200 milhões de euros que a União Européia vai descontar de seu orçamento comunitário para esse fim. A decisão grega está ligada "à firme vontade da ONU de se envolver mais" no Iraque, afirmou Atenas.

Uma conferência de países doadores está prevista para sexta-feira (24) em Madri. Os Estados Unidos pretendem aportar ao Iraque US$ 20 bilhões --dos quais a metade pode ser outorgada mediante empréstimos. O Japão participará com US$ 1,5 bilhão em 2004, Reino Unido o fará com "pelo menos com 375 milhões de euros", Espanha com US$ 300 milhões entre 2003 e 2007 e Canadá com US$ 220 milhões.

O Banco Mundial pode emprestar entre US$ 3,4 bilhões e US$ 4 bilhões nos próximos cinco anos.

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