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22/10/2003 - 04h59

Políticos bolivianos apóiam Mesa no poder até 2007

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da Folha de S.Paulo

Líderes políticos da Bolívia pediram que o presidente do país, Carlos Mesa, permaneça no poder até o fim do mandato, em 2007. A antecipação das eleições presidenciais, segundo os políticos, poderia agravar a crise.

Na noite de sexta-feira (17), logo após assumir a Presidência, Mesa disse que tinha a intenção de encabeçar um governo "histórico de transição" e que convocaria eleições. Aos poucos, porém, começa a surgir no país um consenso sobre a permanência de Mesa.

O presidente do Senado, Hormando Vaca Díez, afirmou que "diante da magnitude da crise econômica, social e política, não há condições para que tenhamos um governo de transição que, dentro de poucos meses, realize eleições". Vaca Díez é do Movimento Esquerda Revolucionária (MIR, na sigla em espanhol). O líder de seu partido, o ex-presidente Jaime Paz Zamora.

Já o líder cocaleiro Evo Morales, uma das principais forças da oposição, disse ontem que considera positiva a trégua de 90 dias, anunciada pelo líder indígena Filipe Quispe anteontem. Mas, depois desse prazo, deverá ser construído "um novo Estado, que acabe com o modelo neoliberal".

O governo de Mesa é composto por intelectuais e técnicos. O presidente (sem partido) evitou nomeações políticas. O ministro dos Hidrocarbonetos, Alvaro Ríos, foi empossado ontem. O ministério é o responsável pelo gás do país.

Ontem o presidente viajaria para Santa Cruz, onde se reuniria com empresários locais na cidade, que é a segunda maior do país.
Além de dizer que seu governo seria de transição, na sexta-feira, Mesa anunciou três medidas: a realização de um plebiscito para decidir sobre a exportação do gás; a convocação de uma nova Assembléia Constituinte e a revisão da Lei dos Hidrocarbonetos.

A lei regulamenta a exploração e a comercialização de gás, tema catalisador dos protestos que tomaram várias regiões do país nas últimas semanas, causaram 80 mortes e culminaram na renúncia do ex-presidente Gonzálo Sánchez de Lozada. Os manifestantes querem que o gás seja industrializado no país antes de ser exportado.

Brasil

O Brasil aumentou suas importações de gás natural da Bolívia --de 11 milhões de metros cúbicos diários para 18 milhões--, segundo o chanceler boliviano, Juan Ignacio Siles. Ele agradeceu o apoio do Brasil e da Argentina.

Com agências internacionais
 

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