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27/10/2003 - 10h27

Cinco explosões em Bagdá deixam 37 mortos, diz polícia

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da Folha Online

Ataques com carros-bomba atingiram hoje a sede do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e quatro delegacias de polícia em Bagdá. No total, 37 pessoas morreram em uma onda de destruição que abalou a capital iraquiana no primeiro dia do mês sagrado muçulmano do Ramadã, disseram policiais e militares dos EUA.

Dez pessoas foram mortas no ataque contra a Cruz Vermelha, e 27 morreram nos outros quatro atentados. A maioria dos mortos eram iraquianos. Um soldado americano foi morto, disseram oficiais. Autoridades americanas não confirmaram a morte.

As explosões ocorreram horas depois de ataques na região de Bagdá que deixaram três soldados americanos mortos e um dia depois de um ataque contra o hotel Al Rasheed, na capital iraquiana, onde moram militares americanos e autoridades da coalizão. Um coronel americano foi morto e 18 pessoas ficaram feridas no ataque de ontem. O vice-secretário de Defesa dos EUA, Paul Wolfowitz, estava no prédio, mas escapou ileso.

Soldados

Três americanos foram mortos e quatro ficaram feridos em dois ataques no Iraque, afirmou o Exército dos EUA hoje.

Dois soldados foram mortos e outros dois ficaram feridos ontem em Bagdá depois que sua patrulha foi alvo de uma bomba. Os soldados faziam parte da 1ª Divisão Armada, afirmou um comunicado militar. Em Abu Ghraib, a oeste de Bagdá, um soldado foi morto e dois ficaram feridos depois de um ataque contra sua unidade militar policial, segundo o comunicado.

Foram os dois dias mais violentos na cidade, de 5 milhões de habitantes, desde que os EUA declararam o fim dos principais combates no Iraque, no dia 1º de maio. Os ataques têm como alvo a ocupação liderada pelos EUA e seus aliados.

Em Fallujah, a oeste de Bagdá, testemunhas disseram que tropas americanas abriram fogo, matando ao menos quatro civis iraquianos, depois que uma bomba explodiu durante a passagem de um comboio militar dos EUA. O comando americano não confirmou o incidente.

Ambulância

Segundo testemunhas, o ataque contra o Comitê Internacional da Cruz Vermelha ocorreu quando o motorista lançou sua ambulância contra as barreiras de segurança e explodiu o veículo por volta das 8h30 (3h30 em Brasília).

Pela manhã, quatro outros veículos explodiram em delegacias de polícia da região de Bagdá.

Policiais iraquianos afirmaram que 27 pessoas morreram nas quatro explosões, incluindo 15 iraquianos na delegacia de ad-Doura, no sul de Bagdá. Um soldado americano também morreu, afirmou o coronel Sarmad al Hakim, um oficial de ad-Doura.

Equipes de policiais militares dos EUA recentemente passaram a vigiar delegacias de polícia nos últimos meses.

"Colaboradores"

Em uma quinta delegacia de polícia no centro de Bagdá, oficiais conseguiram parar um terrorista suicida antes de ele detonar seu veículo. "Ele estava gritando 'Morte à polícia iraquiana. Vocês, colaboradores'", afirmou o policial Ahmed Abdel Sattar.

O ataque contra a sede do Comitê Internacional da Cruz Vermelha foi "definitivamente" um atentado suicida, declarou o general de brigada do Exército americano Mark Hertling. Segundo ele, dez iraquianos foram mortos e outros dez ficaram feridos no ataque. O médico Allawi Attiyah, do hospital Ibn al Nafeez, afirmou que o ataque deixou dez mortos e 12 feridos. Nada Doumani, porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Bagdá, afirmou que um ou dois guardas iraquianos da sede foram mortos.

Hertling disse acreditar que os ataques devem ter sido programados para coincidir com o início do Ramadã para aumentar a sensação de desconforto entre os 5 milhões de moradores da cidade. Muçulmanos não comem, bebem, fumam ou fazem sexo durante as horas de dia do mês sagrado.

Com agências internacionais

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