Ban Ki-moon diz que ONU permanecerá no Afeganistão

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, assegurou nesta sexta-feira (6) que as mudanças de pessoal no Afeganistão após o atentado da semana passada em Cabul não significam a saída do organismo do país.

"Sei que alguns o qualificaram equivocadamente de uma retirada, mas permitam-me ser claro: não é uma evacuação. Não vão nos desanimar e não podemos deixar que o façam. Nosso trabalho segue", afirmou Ban, depois de se reunir com o Conselho de Segurança.

O secretário-geral esclareceu que somente 200 funcionários estrangeiros da ONU serão transferidos a missões na região fora do Afeganistão, enquanto o resto será realocado em outros pontos mais seguros dentro do país.

"Não vamos transferir o pessoal-chave, e nosso trabalho nas áreas humanitárias e de desenvolvimento continuam como antes. Simplesmente realizados por um tempo com um menor apoio administrativo", apontou.

Ban disse ter recebido, em uma conversa por telefone, novas garantias do presidente afegão, Hamid Karzai, de que aumentará "consideravelmente" o contingente da Polícia Nacional Afegã destinado a proteger a ONU.

Além disso, também conversou pelo telefone com o chefe das tropas internacionais, o general americano Stanley McChrystal, que assegurou que faria "o que pudesse" para aumentar a proteção ao pessoal do organismo, acrescentou.