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31/10/2003
-
21h37
da France Presse, em Damasco (Síria)
A Síria vai receber amanhã e no domingo (2) os representantes dos países vizinhos do Iraque, inquietos com a instabilidade persistente nesse país ocupado pelos Estados Unidos e suas repercussões eventuais sobre a segurança da região.
O encontro, o primeiro em seu gênero desde a queda do regime de Saddam Hussein em abril, reunirá os chefes da diplomacia desses países e abordará as repercussões da situação no Iraque na região, segundo uma fonte do Ministério sírio das Relações Exteriores.
A Síria convocou para a reunião Arábia Saudita, Irã, Turquia, Jordânia, Egito, Kuait e Iraque, mas a participação deste último ainda não foi confirmada. Informou-se, porém, que Arábia Saudita, Kuait e Jordânia ameaçaram boicotar a reunião se o governo transitório iraquiano não fosse convidado. Ainda não há nada concreto quanto a essa participação.
"É natural que a reunião se preocupe com as dificuldades do povo iraquiano e tente encontrar os meios para pôr fim à ocupação", declarou a porta-voz do Ministério sírio das Relações Exteriores, Buchra Kanafani.
EUA
Apesar de sua hostilidade à presença dos Estados Unidos no Iraque, a Síria condenou o atentado de segunda-feira (27) em Bagdá contra o escritório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que causou 12 mortes.
Além disso, no começo de outubro, a Síria votou no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), do qual é membro não-permanente, a favor de uma resolução sobre o Iraque apresentada pelos Estados Unidos.
No entanto, várias autoridades americanas continuam acusando a Síria de não lutar eficazmente contra o trânsito por seu território de terroristas islâmicos rumo ao Iraque, de esconder ou fechar os olhos para um tesouro de guerra de Saddam Hussein e de ter recebido armas iraquianas de destruição em massa antes do começo da guerra.
Damasco abriu canais de contato com representantes da nova administração iraquiana imposta pelos Estados Unidos, da qual vários chefes viajaram à capital síria nos últimos meses.
Laços
"As visitas de representantes dos partidos nacionais iraquianos testemunham a profundidade dos laços entre os dois países e fortalecem seus esforços com vistas a um Iraque unido e livre", disse Kanafani.
A questão do envio de forças de estabilização dos países vizinhos no Iraque não estará ausente nas conversações em Damasco. Só a Turquia decidiu, a pedido de Washington, mandar soldados ao Iraque, embora esse projeto ainda não tenha se concretizado.
O restante dos países que participarão do encontro se opõe a mandar forças ao Iraque, assim como as autoridades provisórias iraquianas, que sustentam que seria perigoso envolver militarmente países vizinhos com interesses diversos.
Especial
Leia mais sobre o Iraque ocupado
Países vizinhos do Iraque vão se reunir em Damasco
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A Síria vai receber amanhã e no domingo (2) os representantes dos países vizinhos do Iraque, inquietos com a instabilidade persistente nesse país ocupado pelos Estados Unidos e suas repercussões eventuais sobre a segurança da região.
O encontro, o primeiro em seu gênero desde a queda do regime de Saddam Hussein em abril, reunirá os chefes da diplomacia desses países e abordará as repercussões da situação no Iraque na região, segundo uma fonte do Ministério sírio das Relações Exteriores.
A Síria convocou para a reunião Arábia Saudita, Irã, Turquia, Jordânia, Egito, Kuait e Iraque, mas a participação deste último ainda não foi confirmada. Informou-se, porém, que Arábia Saudita, Kuait e Jordânia ameaçaram boicotar a reunião se o governo transitório iraquiano não fosse convidado. Ainda não há nada concreto quanto a essa participação.
"É natural que a reunião se preocupe com as dificuldades do povo iraquiano e tente encontrar os meios para pôr fim à ocupação", declarou a porta-voz do Ministério sírio das Relações Exteriores, Buchra Kanafani.
EUA
Apesar de sua hostilidade à presença dos Estados Unidos no Iraque, a Síria condenou o atentado de segunda-feira (27) em Bagdá contra o escritório do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que causou 12 mortes.
Além disso, no começo de outubro, a Síria votou no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), do qual é membro não-permanente, a favor de uma resolução sobre o Iraque apresentada pelos Estados Unidos.
No entanto, várias autoridades americanas continuam acusando a Síria de não lutar eficazmente contra o trânsito por seu território de terroristas islâmicos rumo ao Iraque, de esconder ou fechar os olhos para um tesouro de guerra de Saddam Hussein e de ter recebido armas iraquianas de destruição em massa antes do começo da guerra.
Damasco abriu canais de contato com representantes da nova administração iraquiana imposta pelos Estados Unidos, da qual vários chefes viajaram à capital síria nos últimos meses.
Laços
"As visitas de representantes dos partidos nacionais iraquianos testemunham a profundidade dos laços entre os dois países e fortalecem seus esforços com vistas a um Iraque unido e livre", disse Kanafani.
A questão do envio de forças de estabilização dos países vizinhos no Iraque não estará ausente nas conversações em Damasco. Só a Turquia decidiu, a pedido de Washington, mandar soldados ao Iraque, embora esse projeto ainda não tenha se concretizado.
O restante dos países que participarão do encontro se opõe a mandar forças ao Iraque, assim como as autoridades provisórias iraquianas, que sustentam que seria perigoso envolver militarmente países vizinhos com interesses diversos.
Especial
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