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01/11/2003 - 09h24

Após 6 meses de pós-guerra, Iraque vive ameaça de atentados

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da France Presse, em Mossul

Dois soldados americanos morreram hoje num ataque em Mossul (norte do Iraque), enquanto Bagdá estava semiparalisada por causa do medo de novos atentados --seis meses depois do anúncio por parte dos Estados Unidos do fim das principais operações militares no Iraque, feito pelo presidente George W. Bush em 1º de maio.

"Dois soldados da 101ª divisão Aerotransportada morreram e dois ficaram feridos num ataque com um artefato explosivo", informou o Exército americano em um comunicado oficial divulgado em Mossul.

Antes da notícia da morte dos soldados, o Pentágono havia divulgado um balanço de 120 oficiais mortos no Iraque desde o anúncio do início do pós-guerra.

O ataque aconteceu num momento em que a capital iraquiana vive com medo de novos atentados, como os que tiraram a vida de 42 pessoas e deixaram mais de 200 feridos na segunda-feira (27).

Ruas vazias

Na manhã de hoje --início da semana nos países árabes do Oriente Médio--, o trânsito, habitualmente intenso, estava calmo e quase não existiam filas de veículos nos cruzamentos.

Muitas escolas estavam vazias. Por prudência, e em alguns casos por conselho dos diretores dos estabelecimentos, os pais preferiram deixar seus filhos em casa.

As repartições públicas trabalhavam com equipes reduzidas, já que muitos funcionários também permaneceram em casa. Guardas e policiais iraquianos foram deslocados para as escolas e estabelecimentos públicos da capital.

Em várias organizações internacionais, os funcionários locais não compareceram ao trabalho.

"Boatos"

Segundo boatos que correram todo o país, muitos panfletos teriam sido distribuídos para advertir sobre importantes atentados e proclamar o 1º de novembro como "dia da resistência" contra as forças da coalizão.

"Em um comunicado divulgado ontem, o Departamento de Estado pediu prudência aos americanos e advertiu para os riscos na área do transporte aéreo civil. "Existem informações confiáveis de que terroristas têm como alvo a aviação civil no Iraque", diz o texto.

Ontem, a cidade de Fallujah (70 km a oeste Bagdá) foi palco de uma batalha entre as tropas americanas, atacadas por foguetes RPG, e criminosos armados.

Um iraquiano morreu e outro ficou ferido durante um confronto que havia começado um pouco antes entre manifestantes e policiais na cidade. Quatro iraquianos e um soldado americano morreram. Em Abu Gharib, subúrbio oeste de Bagdá capital, três civis e um policial iraquianos morreram durante um conflito entre manifestantes, oficiais americanos e a polícia local.

Em Jaldiya, 80 km ao oeste de Bagdá, um soldado americano morreu e quatro ficaram feridos em um ataque com explosivo, informou um porta-voz da coalizão.

Saddam

O secretário de Estado americano, Colin Powell, descartou qualquer prova ligando o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein à onda de atentados contra as tropas americanas no Iraque, como informou ontem jornal "New York Times", citando fontes do governo.

Em uma entrevista à rede de televisão ABC, Powell declarou sobre o ex-ditador: "Não sei o que [Saddam] está fazendo, mas certamente gasta grande parte de seu tempo e sua energia para correr e se esconder".

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