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01/11/2003 - 22h37

Parada Gay reúne centenas nas ruas de Buenos Aires

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da France Presse, em Buenos Aires

Centenas de homossexuais e simpatizantes participaram neste sábado da Parada do Orgulho Gay, em Buenos Aires (Argentina), pela defesa dos seus direitos civis.

"É um espaço de comemoração, mas também é uma manifestação claramente política, em busca de uma sociedade sem discriminação, justa, com respeito à diversidade e repúdio ao sistema capitalista e ao patriarcado", disse Maria Rachid, dirigente da organização gay La Fulana.

"É um apelo pela cidadania plena", resumiu César Cigliutti, presidente da Comunidade Homossexual Argentina (CHA).

os manifestantes se concentraram na Plaza de Mayo, centro cívico da cidade, onde alguns grupos protagonizaram um breve incidente diante da igreja catedral, onde foram escritas algumas frases de recriminação.

"Não estamos contra a fé, mas contra a Igreja que abençoou a ditadura", disse a dirigente Loana Berkins.

À noite, a parada cobria lentamente o quilômetro e meio que separa a Casa Rosada do Congresso, em frente ao Parlamento Nacional, onde deve ser realizado um show.

Capital gay

"Buenos Aires é considerada o centro cultural da América Latina, devido à cultura européia arraigada na cidade e a sua fascinante arquitetura. Seus esplêndidos museus, teatros e várias opções culturais fazem desta uma cidade aberta e tolerante. Está prestes a se tornar a capital gay da América do Sul", dizia hoje o guia de turismo homossexual "Spartacus", citado pelo jornal "Clarín".

Um dos dados objetivos que apóiam esta observação é a abertura de três agências de viagens exclusivamente voltadas para a comunidade gay em 2003, enquanto outras quatro abriram departamentos para atender a este nicho.

Segundo o "mapa gay" da agência Pride Travel, já são mais de 30 hotéis, restaurantes e casas de shows para gays e simpatizantes. O circuito gay inclui também aulas de tango para gays, uma idéia que agrada não apenas os turistas como os locais.

Ainda não há números exatos sobre o negócio, mas as autoridades da cidade calculam que 20 de cada cem visitantes estrangeiros são homossexuais, 90% do sexo masculino, que vêm dos Estados Unidos e Europa, mas também da Austrália e África do Sul.

A capital argentina está sendo estudada pela Associação Internacional de Turismo Gay e Lésbico (IGLTA, da sigla em inglês) como possível sede para seu simpósio mundial programado para o primeiro semestre de 2004, revelou o subsecretário local do turismo, Jorge Purciarello.

O turismo gay é considerado muito rentável porque a maioria dos casais é da categoria "dink", do inglês "doble income, no kids" (dupla renda, sem filhos), o que aumenta seu potencial de consumo.
 

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