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11/11/2009 - 14h04

Maioria nos EUA rejeita envio de mais tropas ao Afeganistão, diz pesquisa

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da France Presse, em Washington (EUA)
da Folha Online

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela rede de TV americana CNN mostra que a maioria, 56%, dos americanos é contra o envio de mais tropas ao Afeganistão --um resultado que pode trazer novo debate na administração do presidente Barack Obama, que está prestes a anunciar a nova estratégia para a guerra afegã.

Segundo a enquete, contudo, a maioria (52%) também defende que Obama deveria seguir as recomendações do comandante das forças estrangeiras no Afeganistão, o general Stanley McChrystall, que pediu um reforço de 40 mil soldados para evitar o fracasso da missão.

A pesquisa da CNN/Opinion Research Corporation mostrou ainda os americanos estão divididos sobre o tempo que Obama demora para tomar uma decisão --já que o relatório de McChrystall foi entregue há três meses e a situação de segurança no país asiático está cada vez pior.

Assim, 49% dos 1.018 adultos consultados disseram que o presidente estava demorando muito para tomar uma decisão, contra 50% que pensam o contrário.

O diretor de pesquisas da CNN, Keating Holland, destacou que nesta questão há uma grande diferença quando se separa os homens das mulheres. "A maioria dos homens diz que Obama está demorando de mais e a maioria das mulheres está disposta a dar mais tempo a ele", disse Holland, que atribuiu o resultado às diferenças na percepção feminina e masculina sobre o uso de força militar e até mesmo o processo decisório.

Os americanos estão pessimistas ainda quanto às chances de se formar um governo democrático estável no Afeganistão --um dos objetivos da missão americana no país. Segundo a pesquisa, apenas 10% apostam em um processo de democratização em um ano e apenas um terço dizem acreditar que a democratização afegã vai chegar a ocorrer em algum momento.

A visão pessimista, contudo, pode ter sido influenciada pelos problemas e polêmicas da eleição presidencial afegã --que acabou com a reeleição do presidente Hamid Karzai após denúncias de fraudes em grande escala no primeiro turno e a desistência de seu rival de disputar o segundo turno.

Talvez por isso, a aprovação do conflito seja relativamente pequena --40% contra 585 que desaprovam a guerra contra o grupo islâmico Taleban.

A pesquisa foi realizada entre os dias 31 de outubro e 1º de novembro e tem uma margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Comentários dos leitores
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
Nao irá demorar , como alguns já disseram, o povo afegao irá perceber a ameaça....os interesses dos EUA E ALIADOS nao passa de interesses economicos num pais governado por corrupto e 'súdito dos BUSH. Obama demonstrou no seu nobel da paz a sua preferencia pela guerra. ORWEL estaria dando risadas pela contradicao que estamos assistindo no mundo. O premio da paz, faz e defende a guerra. E com certeza teremos insurgencias dos soldados afegaos para o combate contra o invansor. O episódio nao foi um incidente... foi um revide. Em breve teremos um reviravolta do povo afegao. Teremos muitas insurgencias das tropas para defender o pais do invasores... é só esperar para ver...está saindo do controle.... sem opinião
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Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Gostaria de aproveitar esta notícia para parabenizar o tão respeitado prêmio Nobel, por conceder um prêmio Nobel da Paz a uma pessoa que um mês depois de receber o prêmio envia mais 30.000 soldados ao Afeganistão e agora quer mais US$ 163 bilhoes (R$308 bilhoes) para fazer guerra.
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
26 opiniões
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Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
E viva a alta tecnologia!.Será que os pretensos "donos do mundo" ,que se dizem tão evoluídos.não conseguem identificar quem é quem no campo de batalha?. O "fogo amigo" não é raro em áreas que os U.S.A atuam,bastar acompanhar os noticiários,estão longe de ser o que apresentam nos filmes, para iludir os tolos de cabeça fraca. Vão perder essa guerra,a do iraque e terão de botar o rabo entre as pernas e cuidar de seus próprios assuntos.Essa de "xerife do mundo" não é mais viável, essas guerras e intervenções a tempos vêm exaurindo o país - e seus contribuintes (manipulados pelo governo mentiroso) - a derrocada é inevitável.Até o próximo século as coisas serão bem diferentes,espero para melhor. Os U.S.A quiseram ser uma nova Roma,mas não conseguiram e nunca conseguirão seu intento. Falando em Roma,esse império governou por 1.000 anos e os U.S.A?. 55 opiniões
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