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18/08/2000 - 10h27

Governo russo apresenta simulação do acidente

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da France Presse

O submarino atômico russo Kursk foi vítima, no último sábado (12), de uma colisão a cerca de 20 metros de profundidade, tendo então afundado e se chocado violentamente com o fundo do mar de Barents (norte da Rússia), segundo uma simulação do acidente feita a partir de declarações de autoridades russas.

Por diversas vezes o Governo russo apresentou informações contraditórias, levando à opinião pública a pressioná-lo e a acusá-lo de negligenciar informações e demorar nas operações de busca.

Leia a seguir a reconstituição do acidente com o Kursk (horários de Brasília).

Sábado, 12 de agosto:

O Kursk, que navega em imersão periscópica a uns 20 metros sob o mar, sofre um violento choque, provavelmente com outra embarcação de grande tonelagem. A onda de choque é registrada às 8h30 por navios russos e norte-americanos que navegam na área.

Toda a parte dianteira direita do submarino é destruída, vários compartimentos são inundados instantaneamente e o comando de pilotagem inutilizado.

É provável que 70% dos tripulantes do Kursk estivessem na parte afetada no momento do choque. Os construtores do submergível afirmam que devem ter tido tempo de chegar aos compartimentos não inundados, mas especialistas ocidentais consideram impossível que todos os ocupantes do "Kursk" tenham sobrevivido a esse primeiro impacto.

O submarino se inclina sobre um flanco. Em cerca de dois minutos, essa embarcação de 150 metros de comprimento vai até o fundo, a 108 metros da superfície, em um segundo choque brutal. O reator nuclear não sofreu danos, segundo Moscou.

Até agora, os russos afirmam que nenhuma embarcação civil estava na área do acidente, assegurando que o Kursk não se chocou com outra embarcação militar participante nas manobras.

Existe a hipótese de um choque com um submarino estrangeiro, apresentada desde as primeiras horas pelo Estado Maior russo.

Sismógrafos noruegueses afirmam que registraram duas violentas explosões no dia 12 de agosto de manhã com dois minutos de intervalo. A primeira às 4h28 e a outra, mais violenta, às 4h30.

Inicialmente, a Marinha russa não se dá conta do acidente. De acordo com o plano de manobra, o Kursk permanece silencioso. Às 20h30, hora em que a ligação de rádio deveria ser restabelecida, o comando da Frota descobre que o Kursk não responde.

Imediatamente é lançado o alerta e o cruzador "Piotr Veliki" (Pedro o Grande, em russo) chega rapidamente ao setor onde se encontra o Kursk. O submarino permanece no fundo e é descoberto às 0h21 do domingo de manhã.


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