Publicidade
Publicidade
07/11/2003
-
19h24
da France Presse, em Bogotá
O presidente colombiano, Álvaro Uribe, nomeou ontem como ministro do Interior o empresário Sabas Pretelt, 56, após a renúncia de Fernando Londoño, considerado o homem forte do governo. Uribe tenta afastar a crise iniciada com sua derrota no referendo de 25 de outubro.
Após a renúncia de Londoño, o senador governista Héctor Helí Rojas disse que a demissão "permitirá ao governo recuperar as relações com o Legislativo, que estavam deterioradas".
Poucas horas depois da renúncia, a Câmara de Deputados aprovou um estatuto antiterrorista considerado chave pela administração Uribe, e que na semana passada quase naufragou por falta de apoio político.
A gota d'água para a renúncia de Londoño foi uma declaração feita por ele na quarta-feira (5), segundo a qual Uribe estaria disposto a sair e antecipar eleições presidenciais se perder apoio político.
Crise
A queda de Londoño é mais um passo na crise do presidente Uribe, desde que sofreu uma derrota em um referendo para acabar com a corrupção e impulsionar medidas econômicas.
Desde então o Congresso rejeitou um projeto de reeleição presidencial e houve divergências com membros da bancada governista.
Londoño --que segundo analistas expressava o que Uribe não podia dizer -- será substituído pelo empresário Pretelt, cuja nomeação foi recebida com surpresa e com opiniões divididas.
"Me parece que foi um acerto enorme do presidente ter escolhido uma pessoa que conhece muito bem o país, que participou de negociações [com grupos armados ilegais] e que tem uma posição de firmeza", disse o presidente do Partido Conservador, Carlos Holguín.
Mas há vozes discordantes: para o esquerdista Gustavo Petro, Pretelt "é um defensor dos interesses particulares (...) e vai querer manter seus privilégios enquanto o restante da população ficará cheia de cargas tributárias".
Surpresa
Para Adriana Delgado, analista da Universidade Javeriana, "não se entende muito bem que uma pessoa de trajetória no setor privado empresarial possa desempenhar um papel importante como ponte adequada entre o Legislativo e o Executivo".
Pretelt, em declarações feitas ontem em Acapulco (sul do México), disse que sua nomeação é uma surpresa.
"Sou economista e não esperava ser ministro do Interior, mas entendo que os presidentes dos sindicatos estão tendo muito contato com o congresso e esse ambiente não me é estranho", disse à imprensa.
Agora ele terá o desafio de levar adiante projetos que o governo de Uribe considera prioritários, como a reforma tributária, a aprovação definitiva do estatuto antiterrorista e continuar com o programa de segurança democrática.
Tudo isto perante um Congresso fortalecido desde a derrota de Uribe no referendo.
Especial
Leia mais sobre a Colômbia
Empresário é nomeado ministro do Interior colombiano
Publicidade
O presidente colombiano, Álvaro Uribe, nomeou ontem como ministro do Interior o empresário Sabas Pretelt, 56, após a renúncia de Fernando Londoño, considerado o homem forte do governo. Uribe tenta afastar a crise iniciada com sua derrota no referendo de 25 de outubro.
Após a renúncia de Londoño, o senador governista Héctor Helí Rojas disse que a demissão "permitirá ao governo recuperar as relações com o Legislativo, que estavam deterioradas".
Poucas horas depois da renúncia, a Câmara de Deputados aprovou um estatuto antiterrorista considerado chave pela administração Uribe, e que na semana passada quase naufragou por falta de apoio político.
A gota d'água para a renúncia de Londoño foi uma declaração feita por ele na quarta-feira (5), segundo a qual Uribe estaria disposto a sair e antecipar eleições presidenciais se perder apoio político.
Crise
A queda de Londoño é mais um passo na crise do presidente Uribe, desde que sofreu uma derrota em um referendo para acabar com a corrupção e impulsionar medidas econômicas.
Desde então o Congresso rejeitou um projeto de reeleição presidencial e houve divergências com membros da bancada governista.
Londoño --que segundo analistas expressava o que Uribe não podia dizer -- será substituído pelo empresário Pretelt, cuja nomeação foi recebida com surpresa e com opiniões divididas.
"Me parece que foi um acerto enorme do presidente ter escolhido uma pessoa que conhece muito bem o país, que participou de negociações [com grupos armados ilegais] e que tem uma posição de firmeza", disse o presidente do Partido Conservador, Carlos Holguín.
Mas há vozes discordantes: para o esquerdista Gustavo Petro, Pretelt "é um defensor dos interesses particulares (...) e vai querer manter seus privilégios enquanto o restante da população ficará cheia de cargas tributárias".
Surpresa
Para Adriana Delgado, analista da Universidade Javeriana, "não se entende muito bem que uma pessoa de trajetória no setor privado empresarial possa desempenhar um papel importante como ponte adequada entre o Legislativo e o Executivo".
Pretelt, em declarações feitas ontem em Acapulco (sul do México), disse que sua nomeação é uma surpresa.
"Sou economista e não esperava ser ministro do Interior, mas entendo que os presidentes dos sindicatos estão tendo muito contato com o congresso e esse ambiente não me é estranho", disse à imprensa.
Agora ele terá o desafio de levar adiante projetos que o governo de Uribe considera prioritários, como a reforma tributária, a aprovação definitiva do estatuto antiterrorista e continuar com o programa de segurança democrática.
Tudo isto perante um Congresso fortalecido desde a derrota de Uribe no referendo.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice