Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/11/2003 - 12h36

Atentado em Riad mata 11 e fere 122, diz governo saudita

Publicidade

da France Presse, em Riad (Arábia Saudita)

Onze pessoas, incluindo quatro crianças, morreram e outras 122 ficaram feridas no atentado com carro-bomba realizado ontem contra um complexo residencial no oeste de Riad, afirmou hoje o Ministério do Interior da Arábia Saudita. O ataque foi atribuído à rede terrorista Al Qaeda.

Entre os mortos estão sauditas, sudaneses e egípcios, declarou o ministério em um comunicado, divulgado pela agência de notícias oficial saudita, SPA.

De acordo com o ministério, o atentado deixou ainda 122 feridos, de países como Líbano, Egito, Jordânia, Arábia Saudita, Eritréia, EUA, Canadá, Índia e Indonésia.

Segundo o ministério, 36 crianças e 56 mulheres estão entre os feridos.

O ministério afirmou que a maioria dos feridos já deixou o hospital e que 25 pessoas ainda estão recebendo assistência médica.

A Embaixada do Egito em Riad afirmou que uma família egípcia, composta por pai, mãe e os dois filhos, morreu no ataque e que seus corpos foram encontrados sob os escombros.

A fonte disse ainda que outros 17 egípcios, entre eles nove crianças, estão entre os feridos.

A embaixada libanesa informou a morte de quatro libaneses no atentado, entre eles uma mulher e duas crianças. Vinte e quatro libaneses ficaram feridos, alguns deles com gravidade.

Um alto funcionário saudita havia informado anteriormente que três libaneses, um sudanês e um indiano haviam morrido no atentado praticado contra o complexo residencial.

Segundo a fonte, três americanos e três canadenses, todos de origem árabe, estão entre os feridos.

Ramadã

O ataque ocorreu em pleno Ramadã, o mês de jejum e oração muçulmano, que na teoria deve ser um período de paz e tranquilidade. Além disso, foi realizado no mesmo dia em que o governo dos Estados Unidos fechou sua embaixada e consulados na Arábia Saudita por alertas de ataques iminentes no país.

Logo após o anúncio do atentado, o Departamento de Estado americano ordenou a seu pessoal diplomático e familiares a permanecer em suas casas. "Devido ao atentado contra um complexo residencial de Riad, a embaixada advertiu à comunidade americana que permanecerá fechada ao público", declarou o Departamento de Estado.

Por volta da meia-noite (19h de ontem em Brasília), rajadas de metralhadora foram ouvidas no centro Al-Mouhaya, na periferia oeste de Riad, perto da área das embaixadas. Após os tiros, ocorreu uma explosão, e depois, outra. Um veículo da polícia saudita, que parece ter sido roubado, conseguiu burlar os seguranças e assim que entrou no complexo foi detonado.

A explosão atingiu várias casas, pelo menos cinco foram completamente destruídas, e abriu uma cratera na rua de cerca de dois metros de profundidade.

Al Qaeda

Uma autoridade saudita, cujo país permanece em estado de alerta máximo após o atentado triplo de 12 de maio passado, que deixou um saldo de 35 mortos em três áreas residenciais para estrangeiros na capital, atribuiu o ataque de ontem à rede terrorista Al Qaeda, liderada por Osama bin Laden.

O complexo residencial fica perto de várias embaixadas e dos palácios reais de Al-Yamama e de Abdel Aziz Ben Fahd, filho mais novo do soberano saudita.

"A técnica de execução o atentado é similar às utilizadas em 12 de maio em Riad, o que confirma que os autores deste novo ataque pertencem ao movimento Al Qaeda, perseguido sem descanso pelas autoridades sauditas", declarou uma autoridade que não quis revelar sua identidade.

As autoridades sauditas também atribuíram à Al Qaeda os ataques de 12 de maio.

Alertas

O risco de novos atos de terrorismo cometidos pela rede de Osama bin Laden persiste, segundo Washington, que multiplica os alertas, incluindo um que assegura que os terroristas pretenderiam sequestrar aviões de carga para atingir infra-estruturas nos Estados Unidos e na Arábia Saudita.

As autoridades de Riad são acusadas por Washington de não combater com firmeza o terrorismo após os atentados de 11 de setembro de 2001, pois 15 dos 19 autores destes ataques eram sauditas.

Desde os atentados de 12 de maio, as autoridades sauditas reforçaram o combate aos extremistas, tendo inclusive capturado nos últimos seis meses grandes quantidades de armas. Em um exemplo desta aplicação de Riad, na quinta-feira passada (6), dois supostos terroristas que planejavam atacar a cidade sagrada de Meca morreram ao detonar as cargas explosivas que carregavam quando eram perseguidos pelas forças de segurança.

Leia mais
  • Saiba mais sobre atentados terroristas da Al Qaeda após o 11 de Setembro
  • Saiba mais sobre a Arábia Saudita
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página