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18/08/2000 - 17h26

Confira a cronologia do acidente

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Sábado, 12 de agosto:

O submarino nuclear russo Kursk navega, a cerca de 20 metros de profundidade, pelo mar de Barents (norte da Rússia), executando exercícios de rotina.

Um choque ou explosão (ainda não confirmado pelos especialistas) danifica a embarcação que é obrigada a desligar o reator nuclear, responsável pela propulsão do submarino. A onda de choque é registrada às 8h30 locais por navios russos e norte-americanos que navegam na área.

Em cerca de dois minutos a embarcação vai até o fundo do mar, a 108 metros da superfície. O reator não sofre danos.

Às 20h30, hora em que a ligação de rádio deveria ser restabelecida, o comando da Frota descobre que o Kursk não responde.

O submarino é descoberto às 0h21 do domingo.

Segunda-feira, 14:

- A Marinha russa anuncia pela primeira vez que o submarino foi ao fundo do mar. Diz que mantém contato por rádio com o submersível, mas se contradiz mais tarde, quando autoridades dizem que a única forma de contato com a tripulação é por meio de batidas no casco.

- A Marinha diz que navios de resgate foram para o local às pressas. Os níveis de radiação estão normais e o submarino não carrega armas nucleares.

- A TV independente "NTV" afirma que o submarino está inundado e que a energia foi cortada.

- A Marinha nega o alagamento e, pela primeira vez, dá a data do acidente: domingo (13).

- O almirante Vladimir Kuroyedov diz que o submarino está seriamente danificado. "As chances de uma saída positiva não são muito grandes", diz.

- Notícias de que o submarino pode ter colidido com uma embarcação estrangeira são negadas por autoridades, que falam sobre uma explosão a bordo.

- O Reino Unido oferece à Rússia ajuda para salvar a tripulação e coloca de prontidão o LR5, uma embarcação de busca e resgate em águas profundas. Os Estados Unidos também dizem estar preparados para ajudar.

- Tempestades e o mar agitado atrapalham as tentativa de resgatar os marinheiros. O Governo russo decide esperar a melhora das condições climáticas para iniciar operações de resgate.

Terça-feira, 15:

- A Marinha afirma que escutou as batidas da tripulação no casco. Grupos de resgate esperam pela melhora do clima para facilitar a tentativa de trazer à tona pequenas cápsulas com a tripulação do Kursk. A Marinha russa diz poder lidar com a situação sem ajuda estrangeira.

- Autoridades dizem que a operação de resgate está em curso. Um porta-voz da Marinha afirma que o oxigênio está terminando no Kursk.

- Mesmo sem condições ideais, a primeira cápsula de resgate é mandada ao fundo do mar. Após menos de uma hora a tentativa é abortada devido a uma tempestade.

- Autoridades militares russas em Bruxelas (Bélgica)discutem uma possível ajuda da Otan (aliança militar ocidental).

- A baixa visibilidade atrasa os esforços de resgate, diz a Marinha russa.

- Uma segunda tentativa de chegar ao submarino com a cápsula de resgate é abandonada, e uma terceira é iniciada. Termina também sem sucesso.

Quarta-feira, 16:

- O presidente Vladimir Putin, em férias no sul da Rússia, diz que a situação é "crítica". Pouco depois, o vice-premiê Ilya Klebanov diz que não há mais sinais de vida no submarino.

- Kuroyedov afirma que a Rússia usará ajuda britânica para salvar a tripulação do Kursk. Poucas horas depois a Rússia pede formalmente ajuda do Reino Unido e da Noruega.

- Um avião levando o minissubmarino britânico LR5 pousa em Trondheim, na Noruega. Em seguida, o LR5 parte em direção ao mar de Barents com previsão de chegada no sábado (19) ou domingo (20).

- O presidente dos EUA, Bill Clinton, liga para o presidente russo Vladimir Putin para oferecer ajuda;

Quarta-feira, 16:

- Marinha russa envia missão tripulada para resgatar a tripulação, mas, como as demais, esta também falha.

- Representantes russos vão à sede da Otan avaliar possíveis métodos de salvamento

- Governo diz que não há mais sinais de comunicação da tripulação. Os navios norte-americanos afirmam que não houve sinal de vida em nenhum momento.

- Autoridades da Marinha se contradizem novamente e avaliam que oxigênio do submarino pode durar até o dia 25 de agosto

- Noruega envia mergulhadores especializados para colaborar na missão de resgate.

Quinta-feira, 17:

- Jornais russos publicam reportagens mostrando a indignação da opinião pública com os recursos utilizados pela Rússia, pela demora empregada na operação e no pedido de ajuda a outros países, e pela postura do presidente Vladimir Putin que não abandona suas férias para acompanhar de perto as tentativas de resgate.

- O ministro da Defesa britânico afirma que o submarino apresenta graves danos em seu casco. Os problemas se concentram principalmente na proa (parte frontal da embarcação).

- O vice-premiê russo, Iliá Klebánov, diz o Kursk chocou-se contra um "objeto grande e pesado". Klebánov afirma também que é possível que tripulantes estivessem na proa do submarino e admite que possam haver mortos.

- O porta-voz do grupo Jane's Defense declara que 70% da tripulação pode ter morrido no choque que danificou a embarcação.

Sexta-feira, 18:

- Deputado russo acusa o presidente do país de ter atitude "amoral" no caso.

- Jornal russo publica lista dos tripulantes, comprada de um oficial da Marinha por R$ 1.200.

- Governo apresenta simulação do acidente.

- Um batiscafo (aparelho que conduz observadores ao fundo do mar) consegue ficar por pouco tempo encostado em uma escotilha de emergência do Kursk, mas não se conectou devido à deformação da escotilha e às fortes correntes marítimas.

- Putin interrompe suas férias para ir a Moscou. Ele estava em Yalta (Ucrânia) onde ocorreria um encontro das ex-repúblicas soviéticas. O encontro incluiu em sua pauta como ajudar no salvamento da tripulação do Kursk.

 

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