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12/11/2003 - 21h52

Ataque contra base italiana no Iraque mata 27

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da Folha Online

A explosão de um caminhão-bomba contra uma base militar italiana na cidade de Nassiriah (sul do Iraque) matou 27 pessoas --18 italianos e nove iraquianos.

Entre os italianos mortos há 16 militares e dois civis (um funcionário da base militar e um cinegrafista), informou um porta-voz britânico da coalizão liderada pelos EUA que ocupa o Iraque. Segundo o ministro italiano da Defesa, Antonio Martino, "há 20 militares italianos feridos".

Khudair al Hazbar, diretor de um hospital em Nassiriah, disse que nove iraquianos foram mortos em mais de 80 ficaram feridos.

Esta foi a pior baixa de italianos em um único ataque desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e a primeira baixa de soldados italianos em ação no Iraque desde o início da guerra, em março.

Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do atentado.

No dia 2, a derrubada de um helicóptero norte-americano na cidade de Fallujah (oeste) causou a morte de 16 militares dos EUA. Foi o mais mortífero ataque contra os EUA no Iraque após o anúncio do fim das principais operações militares no país, em 1º de maio.

Seis dias antes, cinco atentados com carros-bomba em Bagdá contra a sede do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e quatro delegacias deixaram 42 mortos e 200 feridos.

Pessoas soterradas

Informações dão conta que algumas pessoas teriam ficado soterradas, depois que a explosão derrubou parte do prédio que servia de base para os italianos. A explosão ocorreu às 10h50 (5h50 em Brasília). Ainda não há um número oficial de feridos.

O prédio que abriga o corpo militar italiano chamado "carabinieri" era uma antiga sede da Câmara de Comércio do Iraque, nas cercanias do rio Eufrates.

A explosão causou incêndio em vários imóveis que ficam próximo ao local do incidente, inclusive de um depósito de munições, onde ocorreram várias explosões.

Repercussão

O presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, chamou a explosão de "um ataque terrorista". O premiê italiano, Silvio Berlusconi, disse que "esta sabotagem não impedirá o compromisso italiano de ajuda ao Iraque."

Portugal decidiu manter o envio de um contingente de policiais para Nassiriah, apesar do atentado. "Tudo está mantido, não há nenhuma mudança de planos", declarou uma fonte oficial do governo português à agência de notícias Lusa. Mais tarde, a informação foi confirmada por Matos Sousa, porta-voz da Guarda Nacional Republicana (GNR) do país.

Os 128 membros da GNR serão acantonados no sul do Iraque, perto das instalações militares italianas.

Ataque suicida

Testemunhas afirmaram que um carro chegou até a entrada do quartel-general italiano e explodiu.

Um repórter da rádio portuguesa RDP em Nassiriah disse que o prédio foi parcialmente destruído.

"Foi um ataque suicida com um carro-bomba na entrada do quartel-general", afirmou o repórter da RDP. As autoridades italianas ainda não confirmaram a informação.

Multinacional

Há cerca de 2.300 soldados italianos no sul do Iraque. Muitos deles estão em Nassiriah, que tem estado relativamente calma desde a guerra liderada pelos EUA no país.

Os italianos fazem parte de uma força multinacional liderada pelos britânicos, responsável pela segurança no sul do Iraque.

Tony Blair, premiê britânico, e Berlusconi foram os principais aliados do presidente dos EUA, George W. Bush, em sua investida militar contra o Iraque, apesar da rejeição internacional, liderada por Alemanha e França.

Americanos

Ontem dois soldados americanos foram mortos e quatro ficaram feridos em dois ataques a bomba no Iraque, declarou hoje o Exército dos EUA.

Ao norte de Bagdá, um soldado foi morto e outros dois ficaram feridos quando o seu veículo passou sobre uma bomba colocada em uma estrada ontem à noite.

"Um soldado da 4ª Divisão de Infantaria foi morto por um explosivo detonado sob seu veículo", declarou a porta-voz militar Josslyn Aberle.

Os ataques elevaram para 155 o número de soldados americanos mortos em ação desde 1º de maio, segundo a agência de notícias Reuters.

Washington acusa seguidores do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein e guerrilhas estrangeiras por intensificar os ataques contra forças de ocupação lideradas pelos EUA no Iraque.

Com agências internacionais

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