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13/11/2003 - 09h54

Ministro italiano compara ataque no Iraque ao 11 de Setembro

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da Folha Online

O ministro da Defesa da Itália, Antonio Martino, visitou hoje o local do atentado de ontem em Nassiriah, no sul do Iraque, que matou 19 italianos e nove iraquianos, e disse que os responsáveis pela explosão são "as mesmas pessoas" que realizaram os ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA.

Martino disse que a Itália não seria intimidada pela "terrível experiência" do ataque de ontem.

"Lembrou-me que há quase um mês, eu estava no Marco Zero de Nova York e fiquei impressionado com a semelhança da impressão", referindo-se à destruição do World Trade Center pelos ataques suicidas com aviões em 11 de setembro de 2001.

"Depois eu descobri por que --porque são as mesmas pessoas. São as pessoas que estamos lutando contra e não devemos deixar que elas nos amedrontem", afirmou.

Al Qaeda

Ontem, em Roma, Martino declarou acreditar que combatentes leais ao ex-ditador Saddam Hussein eram responsáveis pelo atentado em Nassiriah. A rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, é acusada pelos ataques de 11 de setembro de 2001

A Itália sofreu ontem seu primeiro ataque no Iraque. Martino negou que houve falta de segurança na base da polícia militar italiana em Nassiriah onde um ataque suicida matou ontem 32 pessoas.

A explosão destruiu a frente do prédio de três andares, matando 19 italianos --17 militares e dois civis. É a maior baixa militar italiana em um incidente desde a Segunda Guerra Mundial.

Autoridades hospitalares disseram que ao menos 13 iraquianos foram mortos e mais de 80 ficaram feridos na explosão.

Permanência

Cerca de 2.300 soldados italianos estão no sul do Iraque. O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, aliado dos EUA e do Reino Unido no Iraque, disse que as tropas da Itália vão permanecer no Iraque.

Após o ataque, as forças políticas da esquerda italiana exigiram que o governo retirasse as tropas do Iraque, mas Berlusconi pediu "silêncio" em um momento em que, segundo ele, a unidade nacional e política deve ser mantida.

Durante discurso ante o Senado, Berlusconi afirmou que o atentado "contra os militares italianos que realizavam uma operação humanitária era inevitável depois dos ataques contra a ONU [Organização das Nações Unidas], a Cruz Vermelha e as embaixadas".

O Japão, que planejava enviar tropas ao Iraque, anunciou hoje que vai adiar a missão. Segundo o porta-voz do governo, Yasuo Fukuda, "no momento não há condições para o envio de um contingente militar japonês ao Iraque".

Por outro lado, o presidente sul-coreano, Roh Moo Hyun, autorizou hoje o envio de um contingente de 3.000 soldados ao Iraque, segundo informações do porta-voz presidencial, Yoon Tae Young.

Com agências internacionais

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