Em vídeo, casal britânico sequestrado diz que piratas somalis vão matá-los

Os britânicos Paul e Rachel Chandler, sequestrados de seu iate por um grupo de piratas somalis no último dia 23 de outubro, afirmaram em um vídeo exibido pelo Canal 4 do Reino Unido que os piratas somalis "não hesitarão" em matá-los e que temem ainda serem entregues a um grupo terrorista caso o resgate não seja pago.

Paul e Rachel Chandler estavam navegando em seu iate de Seychelles até a Tanzânia, no leste da África, quando foram sequestrados. A última mensagem postada pelo casal em seu blog, na madrugada do dia 23 de outubro dizia: "Por favor, ligue para Sara". Não houve comunicação com o iate de 38 pés Lynn Rival desde então.

Na entrevista ao canal, os dois britânicos aparecem cercados por homens armados --alguns apontando diretamente para os aposentados.

"Eu não tenho dúvidas de que eles não hesitarão em nos matar em uma semana a partir de agora", disse Paul, que filmou a entrevista na quarta-feira (18).

A produtora ITN, que produz o noticiário do Canal 4, disse que o casal Chandler e seus parentes concordaram com a entrevista.

Os piratas exigiram US$ 7 milhões para libertar o casal, mas o governo britânico insiste que não pagará nada a sequestradores.

"Nós estamos sob ameaça e nos disseram que não seremos alimentados e ficaremos sem água, então estamos muito preocupados com nosso futuro", disse Rachel.

"Nossos sequestradores estão muito impacientes agora porque ninguém entrou em contato para fazer negociação. Então nós pedimos ao governo e ao povo do Reino Unido e à nossa família que façam o que for possível para iniciar as negociações com estas pessoas para comprar nossas vidas de volta", disse a britânica.

"Nós estamos sentindo sob tal ameaça que não acho que estas pessoas hesitariam em tirar nossas vidas", completou.

Um pirata somali disse no último dia 31 que o casal britânico capturado foi levado para uma região central da Somália depois de uma briga entre gangues rivais piratas. Até então eles estavam supostamente sendo mantidos em um navio que fora previamente sequestrado.