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16/11/2003
-
21h02
da France Presse, em Nicósia (Chipre)
A rede terrorista Al Qaeda assumiu os atentados de ontem contra duas sinagogas em Istambul (Turquia) e ameaçou os aliados dos Estados Unidos no Iraque com atentados em seu solo, em comunicado recebido hoje por um jornal árabe.
A Al Qaeda ameaça atacar os Estados Unidos e os países membros da coalizão em seu próprio território e adverte os muçulmanos que se misturam aos infiéis, em comunicado recebido pelo jornal "Al Quds Al Arabi", de Londres.
"As Brigadas do mártir Abu Hafs al-Masri deram um golpe mortal depois de vigiarem os agentes de inteligência judeus e assegurar-se de que cinco deles estavam em duas sinagogas no centro da cidade de Istambul", indica o texto. Uma cópia foi enviada pelo jornal "Al Quds Al Arabi" aos escritórios da France Presse em Nicósia.
O comunicado, com data de ontem, mesmo dia do duplo atentado em Istambul, foi enviado hoje por e-mail ao jornal árabe editado em Londres. Nele, a Al Qaeda ameaça cometer mais ataques "em todo o mundo".
Abu Hafs al Masri, chefe das operações militares da Al Qaeda, morreu nas operações do Exército americano no Afeganistão em outubro de 2001.
"Dizemos ao criminoso Bush e a seus lacaios árabes e estrangeiros, em particular Reino Unido, Itália, Austrália e Japão, o seguinte: os atos não se limitarão a Bagdá, Riad, Istambul, Yerba, Nassiriya ou Jacarta, mas ao centro da capital da tirania, como poderão ver com os próprios olhos", acrescenta o texto, referindo-se a Washington.
O comunicado afirma que a Al Qaeda exige que os Estados Unidos "ponham fim à guerra contra o islã e os muçulmanos em nome da luta antiterrorista e que desocupe todas as terras muçulmanas profanadas pelos judeus e os americanos, entre elas Jerusalém e Caxemira".
A mensagem exige também a libertação dos presos da base americana de Guantánamo (Cuba) e do xeque Omar Abdel Rahmán, guia espiritual do grupo egípcio Jemaah Islamiyah, preso nos Estados Unidos.
A agência turca Anatólia havia indicado antes que um homem havia assumido os atentados em nome de um movimento fundamentalista turco, a IBDA-C ("Frente dos Cavaleiros Islâmicos do Grande Oriente").
Aliado japonês
Já o jornal saudita editado em Londres "Al Majalah" assegurou hoje que obteve uma mensagem da Al Qaeda na qual a rede anuncia que atacará o centro de Tóquio se o Japão enviar tropas ao Iraque como pedem os Estados Unidos.
"Se eles [os japoneses] quiserem aniquilar seu poderio econômico e deixar-se esmagar sob os pés dos combatentes de Alá, que venham ao Iraque. Nossos ataques chegarão ao coração de Tóquio", anuncia o semanário saudita "Al Majalah" em matéria que será divulgada na edição da próxima sexta-feira, citando um e-mail enviado por Abu Mohamed al Ablaj, apresentado como dirigente da rede terrorista.
O Japão está decidido a participar da reconstrução do Iraque e enviará tropas "quando puder", havia dito ontem o ministro japonês da Defesa, Shigeru Ishiba, sem precisar a data.
"Estamos examinando cuidadosamente a situação [no Iraque]. Espero que nosso país possa assumir suas responsabilidades rapidamente", declarou Ishiba durante uma entrevista à imprensa junto com o colega americano Donald Rumsfeld, que realizava uma visita a Tóquio.
O "Al Majalah" também anunciou domingo que teve acesso a uma mensagem da organização terrorista Al Qaeda responsabilizando-se pelo atentado suicida de quarta-feira passada contra o quartel-geral dos carabineiros italianos em Nassiriya (sul do Iraque).
"Nossos ataques (...) serão dolorosos e o que fizemos contra os italianos no Iraque, em particular contra sua sede em Nassiriya, no sul do país, é um exemplo", anuncia o semanário saudita, citando um comunicado transmitido por e-mail por Abu Mohamed al Ablaj, apresentado como um dirigente da rede terrorista de Osama bin Laden.
O atentado suicida cometido com um caminhão-bomba contra o quartel-general dos carabineiros italianos matou 28 pessoas, nove civis iraquianos e 19 italianos.
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Al Qaeda assume atentados de Istambul e ameaça aliados dos EUA
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A rede terrorista Al Qaeda assumiu os atentados de ontem contra duas sinagogas em Istambul (Turquia) e ameaçou os aliados dos Estados Unidos no Iraque com atentados em seu solo, em comunicado recebido hoje por um jornal árabe.
A Al Qaeda ameaça atacar os Estados Unidos e os países membros da coalizão em seu próprio território e adverte os muçulmanos que se misturam aos infiéis, em comunicado recebido pelo jornal "Al Quds Al Arabi", de Londres.
"As Brigadas do mártir Abu Hafs al-Masri deram um golpe mortal depois de vigiarem os agentes de inteligência judeus e assegurar-se de que cinco deles estavam em duas sinagogas no centro da cidade de Istambul", indica o texto. Uma cópia foi enviada pelo jornal "Al Quds Al Arabi" aos escritórios da France Presse em Nicósia.
O comunicado, com data de ontem, mesmo dia do duplo atentado em Istambul, foi enviado hoje por e-mail ao jornal árabe editado em Londres. Nele, a Al Qaeda ameaça cometer mais ataques "em todo o mundo".
Abu Hafs al Masri, chefe das operações militares da Al Qaeda, morreu nas operações do Exército americano no Afeganistão em outubro de 2001.
"Dizemos ao criminoso Bush e a seus lacaios árabes e estrangeiros, em particular Reino Unido, Itália, Austrália e Japão, o seguinte: os atos não se limitarão a Bagdá, Riad, Istambul, Yerba, Nassiriya ou Jacarta, mas ao centro da capital da tirania, como poderão ver com os próprios olhos", acrescenta o texto, referindo-se a Washington.
O comunicado afirma que a Al Qaeda exige que os Estados Unidos "ponham fim à guerra contra o islã e os muçulmanos em nome da luta antiterrorista e que desocupe todas as terras muçulmanas profanadas pelos judeus e os americanos, entre elas Jerusalém e Caxemira".
A mensagem exige também a libertação dos presos da base americana de Guantánamo (Cuba) e do xeque Omar Abdel Rahmán, guia espiritual do grupo egípcio Jemaah Islamiyah, preso nos Estados Unidos.
A agência turca Anatólia havia indicado antes que um homem havia assumido os atentados em nome de um movimento fundamentalista turco, a IBDA-C ("Frente dos Cavaleiros Islâmicos do Grande Oriente").
Aliado japonês
Já o jornal saudita editado em Londres "Al Majalah" assegurou hoje que obteve uma mensagem da Al Qaeda na qual a rede anuncia que atacará o centro de Tóquio se o Japão enviar tropas ao Iraque como pedem os Estados Unidos.
"Se eles [os japoneses] quiserem aniquilar seu poderio econômico e deixar-se esmagar sob os pés dos combatentes de Alá, que venham ao Iraque. Nossos ataques chegarão ao coração de Tóquio", anuncia o semanário saudita "Al Majalah" em matéria que será divulgada na edição da próxima sexta-feira, citando um e-mail enviado por Abu Mohamed al Ablaj, apresentado como dirigente da rede terrorista.
O Japão está decidido a participar da reconstrução do Iraque e enviará tropas "quando puder", havia dito ontem o ministro japonês da Defesa, Shigeru Ishiba, sem precisar a data.
"Estamos examinando cuidadosamente a situação [no Iraque]. Espero que nosso país possa assumir suas responsabilidades rapidamente", declarou Ishiba durante uma entrevista à imprensa junto com o colega americano Donald Rumsfeld, que realizava uma visita a Tóquio.
O "Al Majalah" também anunciou domingo que teve acesso a uma mensagem da organização terrorista Al Qaeda responsabilizando-se pelo atentado suicida de quarta-feira passada contra o quartel-geral dos carabineiros italianos em Nassiriya (sul do Iraque).
"Nossos ataques (...) serão dolorosos e o que fizemos contra os italianos no Iraque, em particular contra sua sede em Nassiriya, no sul do país, é um exemplo", anuncia o semanário saudita, citando um comunicado transmitido por e-mail por Abu Mohamed al Ablaj, apresentado como um dirigente da rede terrorista de Osama bin Laden.
O atentado suicida cometido com um caminhão-bomba contra o quartel-general dos carabineiros italianos matou 28 pessoas, nove civis iraquianos e 19 italianos.
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