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18/11/2003 - 20h25

Intelectuais e personalidades escrevem cartas abertas para Bush

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da France Presse, em Londres

Sessenta intelectuais e personalidades britânicas e americanas escreveram cartas abertas ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em um suplemento especial intitulado "Querido George", publicado hoje pelo jornal britânico "The Guardian", por ocasião da visita de três dias de Bush a Londres.

"Estou certo de que você tomará um bom chá com seu amigo e criminoso de guerra [o premiê britânico] Tony Blair. Por favor, comam sanduíches de pepino bebendo um copo de sangue, com minhas saudações", escreveu o dramaturgo britânico Harold Pinter.

"Muitas pessoas acharão agora que sou um terrorista", afirmou, por sua vez, o piloto argelino Lotfi Raissi, acusado pelos Estados Unidos de estar envolvido nos atentados do 11 de setembro de 2001, antes de ter sido absolvido pela Justiça britânica.

"A guerra contra o terror continua, mas minha vida e a de minha família foram despedaçadas", escreveu Raissi, sem trabalho e proibido de sair do Reino Unido.

"Você se opôs [a Saddam Hussein] e destruiu o ditador mais sanguinário do mundo. É um erro imperdoável", disse o escritor britânico Frederick Forsyth, um dos poucos defensores de Bush neste caderno especial.

Charles Powell, um antigo conselheiro dos ex-primeiros-ministros britânicos Margaret Thatcher (1979-90) e John Major (1990-97), criticou, por sua vez, que "as manifestações bélicas e eventualmente violentas integram o tratamento que reservam os britânicos aos dirigentes dos principais países aliados do Reino Unido".

"Se você fosse o presidente Robert Mugabe (Zimbábue) ou Nicolae Ceausescu (ex-ditador da Romênia condenado à morte e executado em 25 de dezembro de 1989), não teria direito a uma manifestação", acrescentou.

Já o correspondente do "The Guardian" em Nova York, Gary Younge, optou pelo bom humor e fez um pedido especial: "Quando você for embora, pode levar o Blair junto?"

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