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19/11/2003
-
19h20
da France Presse, em Bagdá (Iraque)
A aviação da coalizão liderada pelos EUA que ocupa o Iraque atacou ontem alvos situados no centro da capital iraquiana, Bagdá. Foi o primeiro ataque desse tipo desde 1º de maio, quando Washington declarou o fim dos principais combates da Guerra no Iraque --que começou em março e levou à queda de Saddam Hussein em abril.
Um porta-voz militar americano anunciou que a operação teve como alvo cinco pontos diferentes de onde foram disparados obuses de morteiro contra o quartel-general da coalizão nos últimos meses.
Ontem, pelo terceiro dia consecutivo, o Exército americano também bombardeou com morteiros o que qualificou de posições da resistência iraquiana, na periferia da cidade de Tikrit, 180 quilômetros ao norte de Bagdá, ex-reduto de Saddam Hussein e um local de fortes atividades hostis à coalizão.
Segundo o porta-voz, disparou-se contra os alvos a partir de aeronaves utilizando canhões de 105 mm e metralhadoras de 40 mm. Ele não informou se foram usados helicópteros ou aviões.
"Eram casas abandonadas", acrescentou, dizendo que "houve muito cuidado para garantir que não haveria vítimas".
"Martelo de Ferro"
Há vários dias o Exército americano realiza ataques aéreos e bombardeios com artilharia pesada contra o que supõe serem abrigos, esconderijos de armas ou instalações para a fabricação de bombas. O apoio aéreo já foi utilizado em várias ocasiões ao norte e ao oeste da capital, mas é a segunda vez em Bagdá e a primeira no centro da cidade.
De acordo com o porta-voz, estes últimos ataques fazem parte da operação "Martelo de Ferro", uma ofensiva militar em massa lançada no interior e nas cercanias de Bagdá desde 12 de novembro.
O general Charles H. Swannack Jr, que comanda a zona rebelde a oeste do Iraque, comemorou a redução significativa dos ataques contra suas tropas e previu a possibilidade de uma retirada da cidade de Ramadi antes do fim do ano, graças à cooperação com a polícia iraquiana local.
Em Mossul (norte), dois policiais iraquianos e um intérprete a serviço das forças americanas ficaram feridos ontem à noite em dois ataques separados, informou a polícia hoje.
Na terça-feira, o Departamento de Estado americano disse que uma nova resolução da ONU sobre a transferência do poder às autoridades iraquianas pode ser uma "possibilidade", ressaltando ao mesmo tempo que isso não está na agenda atualmente.
Em entrevista à rede de TV francesa FR3, o secretário de Estado americano, Colin Powell, declarou que a soberania nacional não será transferida antes do fim do ano, como quer a França.
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Aviação dos EUA ataca centro de Bagdá pela 1º vez no "pós-guerra"
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A aviação da coalizão liderada pelos EUA que ocupa o Iraque atacou ontem alvos situados no centro da capital iraquiana, Bagdá. Foi o primeiro ataque desse tipo desde 1º de maio, quando Washington declarou o fim dos principais combates da Guerra no Iraque --que começou em março e levou à queda de Saddam Hussein em abril.
Um porta-voz militar americano anunciou que a operação teve como alvo cinco pontos diferentes de onde foram disparados obuses de morteiro contra o quartel-general da coalizão nos últimos meses.
Ontem, pelo terceiro dia consecutivo, o Exército americano também bombardeou com morteiros o que qualificou de posições da resistência iraquiana, na periferia da cidade de Tikrit, 180 quilômetros ao norte de Bagdá, ex-reduto de Saddam Hussein e um local de fortes atividades hostis à coalizão.
Segundo o porta-voz, disparou-se contra os alvos a partir de aeronaves utilizando canhões de 105 mm e metralhadoras de 40 mm. Ele não informou se foram usados helicópteros ou aviões.
"Eram casas abandonadas", acrescentou, dizendo que "houve muito cuidado para garantir que não haveria vítimas".
"Martelo de Ferro"
Há vários dias o Exército americano realiza ataques aéreos e bombardeios com artilharia pesada contra o que supõe serem abrigos, esconderijos de armas ou instalações para a fabricação de bombas. O apoio aéreo já foi utilizado em várias ocasiões ao norte e ao oeste da capital, mas é a segunda vez em Bagdá e a primeira no centro da cidade.
De acordo com o porta-voz, estes últimos ataques fazem parte da operação "Martelo de Ferro", uma ofensiva militar em massa lançada no interior e nas cercanias de Bagdá desde 12 de novembro.
O general Charles H. Swannack Jr, que comanda a zona rebelde a oeste do Iraque, comemorou a redução significativa dos ataques contra suas tropas e previu a possibilidade de uma retirada da cidade de Ramadi antes do fim do ano, graças à cooperação com a polícia iraquiana local.
Em Mossul (norte), dois policiais iraquianos e um intérprete a serviço das forças americanas ficaram feridos ontem à noite em dois ataques separados, informou a polícia hoje.
Na terça-feira, o Departamento de Estado americano disse que uma nova resolução da ONU sobre a transferência do poder às autoridades iraquianas pode ser uma "possibilidade", ressaltando ao mesmo tempo que isso não está na agenda atualmente.
Em entrevista à rede de TV francesa FR3, o secretário de Estado americano, Colin Powell, declarou que a soberania nacional não será transferida antes do fim do ano, como quer a França.
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