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23/11/2003
-
19h14
da France Presse, em Tbilisi (Geórgia)
As diversas irregularidades que marcaram as eleições legislativas do dia 2 de novembro na Geórgia desataram uma grave crise política, que culminou hoje com a renúncia do presidente Eduard Chevardnadze.
Leia, a seguir, a cronologia dos momentos mais importantes da crise:
- 2 de novembro: são realizadas eleições legislativas, com as pesquisas apontando a vitória da oposição. Os opositores denunciam diversas fraudes, principalmente a retirada misteriosa de milhares de eleitores das listas.
- 3 de novembro: resultados parciais anunciam uma clara vitória da oposição, que ocupa as ruas de Tbilisi (capital).
- 4 de novembro: 5.000 opositores se manifestam em Tbilisi, exigindo que Shevardnadze reconheça sua derrota.
- 5 de novembro: Mikhail Saakachvili, líder do Movimento nacional (oposição radical), exige a demissão de Shevardnadze, a quem Washington pede garantir a "honestidade" da eleição.
- 6 de novembro: o Conselho da Europa lamenta a forma com a qual ocorreram as eleições na Geórgia.
- 7 de novembro: uma reunião de opositores é reprimida com armas automáticas, deixando um ferido.
- 8 de novembro: resultados parciais dão como vencedora a coalizão pró-governamental "Para uma nova Geórgia", mas a recontagem dos votos é suspensa em virtude de várias queixas.
- 10 de novembro: ministro do Interior acusa a oposição de preparar uma insurreição armada.
- 11 de novembro: Shevardnadze se reúne com o embaixador americano, que o aconselha negociar com a oposição
- 16 de novembro: a oposição faz um apelo à "desobediência civil".
- 17 de novembro: Shevardnadze promete investigar as fraudes eleitorais. O apelo à "desobediência civil" não consegue muitos adeptos.
- 18 de novembro: 10 mil partidários de Shevardnadze desfilam em Tbilisi, enquanto um alto representante do Departamento americano de Estado procura aproximar ambas as partes.
- 19 de novembro: o diretor da TV estatal, Zaza Chenguelia, aliado de Shevardnadze, se demite.
- 20 de novembro: Washington se declara "profundamente decepcionado" com as legislativas e com a direção do país, evocando "fraudes maciças".
- 22 de novembro: a oposição organiza em Tbilisi a maior manifestação desde o início da crise (50 mil a 100 mil pessoas), no dia da primeira sessão do novo Parlamento. Os manifestantes, liderados por Saakachvili, invadem sem resistência policial a sede da Presidência, de onde lançam um ultimato a Shevardnadze. Logo depois eles invadem o Parlamento, no momento em que Shevardnadze pronuncia seu discurso de abertura da sessão. O presidente é obrigado a deixar o prédio, e foge para sua residência nos arredores de Tbilisi.
Shevardnadze decreta o estado de emergência, mas nenhuma ação policial é observada. A TV estatal interrompe seus programas.
- 23 de novembro: o chanceler russo, Igor Ivanov, se reúne com os líderes da oposição no Parlamento e depois com Shevardnadze em sua casa.
A televisão privada Rustavi 2 anuncia a demissão do presidente, confirmada em seguida por ele mesmo.
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As diversas irregularidades que marcaram as eleições legislativas do dia 2 de novembro na Geórgia desataram uma grave crise política, que culminou hoje com a renúncia do presidente Eduard Chevardnadze.
Leia, a seguir, a cronologia dos momentos mais importantes da crise:
- 2 de novembro: são realizadas eleições legislativas, com as pesquisas apontando a vitória da oposição. Os opositores denunciam diversas fraudes, principalmente a retirada misteriosa de milhares de eleitores das listas.
- 3 de novembro: resultados parciais anunciam uma clara vitória da oposição, que ocupa as ruas de Tbilisi (capital).
- 4 de novembro: 5.000 opositores se manifestam em Tbilisi, exigindo que Shevardnadze reconheça sua derrota.
- 5 de novembro: Mikhail Saakachvili, líder do Movimento nacional (oposição radical), exige a demissão de Shevardnadze, a quem Washington pede garantir a "honestidade" da eleição.
- 6 de novembro: o Conselho da Europa lamenta a forma com a qual ocorreram as eleições na Geórgia.
- 7 de novembro: uma reunião de opositores é reprimida com armas automáticas, deixando um ferido.
- 8 de novembro: resultados parciais dão como vencedora a coalizão pró-governamental "Para uma nova Geórgia", mas a recontagem dos votos é suspensa em virtude de várias queixas.
- 10 de novembro: ministro do Interior acusa a oposição de preparar uma insurreição armada.
- 11 de novembro: Shevardnadze se reúne com o embaixador americano, que o aconselha negociar com a oposição
- 16 de novembro: a oposição faz um apelo à "desobediência civil".
- 17 de novembro: Shevardnadze promete investigar as fraudes eleitorais. O apelo à "desobediência civil" não consegue muitos adeptos.
- 18 de novembro: 10 mil partidários de Shevardnadze desfilam em Tbilisi, enquanto um alto representante do Departamento americano de Estado procura aproximar ambas as partes.
- 19 de novembro: o diretor da TV estatal, Zaza Chenguelia, aliado de Shevardnadze, se demite.
- 20 de novembro: Washington se declara "profundamente decepcionado" com as legislativas e com a direção do país, evocando "fraudes maciças".
- 22 de novembro: a oposição organiza em Tbilisi a maior manifestação desde o início da crise (50 mil a 100 mil pessoas), no dia da primeira sessão do novo Parlamento. Os manifestantes, liderados por Saakachvili, invadem sem resistência policial a sede da Presidência, de onde lançam um ultimato a Shevardnadze. Logo depois eles invadem o Parlamento, no momento em que Shevardnadze pronuncia seu discurso de abertura da sessão. O presidente é obrigado a deixar o prédio, e foge para sua residência nos arredores de Tbilisi.
Shevardnadze decreta o estado de emergência, mas nenhuma ação policial é observada. A TV estatal interrompe seus programas.
- 23 de novembro: o chanceler russo, Igor Ivanov, se reúne com os líderes da oposição no Parlamento e depois com Shevardnadze em sua casa.
A televisão privada Rustavi 2 anuncia a demissão do presidente, confirmada em seguida por ele mesmo.
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