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Vázquez diz que eleições no Uruguai e em Honduras estão em lados opostos
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da Ansa, em Montevidéu
O mandatário uruguaio, Tabaré Vázquez, ao votar esta manhã no segundo turno das eleições presidenciais do país, reiterou seu repúdio ao processo eleitoral de Honduras, afirmando que os dois atos estão "em polos opostos".
As eleições deste domingo no Uruguai "têm importância, principalmente, quando há atos eleitorais em países da região, como em Honduras, onde há um processo imposto por um governo ilegal. Ainda que pareçam similares, os dois atos estão em polos opostos", afirmou o mandatário no bairro de La Teja, em Montevidéu.
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"Esta é a essência da democracia", continuou Vázquez, que declarou ainda que "hoje, o único ganhador será o povo uruguaio e isto é uma mostra do civilismo".
O presidente, que encerra seu mandato com mais de 70% de aprovação, chegou ao seu colégio eleitoral por volta das 8h de Brasília, horário de abertura das urnas. Ele permanecerá em sua casa todo o dia e, depois, quando os resultados das eleições forem divulgados, irá cumprimentar o vencedor pessoalmente.
Os 6.870 centros de votação uruguaios serão fechados às 19h30, e os primeiros resultados oficiais do pleito devem ser divulgados algumas horas depois.
Também já votou o candidato governista, o senador e ex-guerrilheiro tupamaro José Mujica, na disputa contra o conservador Luis Lacalle, que foi presidente do país entre 1990 e 1995 e se postula pelo Partido Nacional.
Na última semana, o governo uruguaio já havia declarado que não reconheceria o processo eleitoral de Honduras, realizado hoje sob o regime de facto, de Roberto Micheletti.
Segundo informou a revista Búsqueda, para o Uruguai, Micheletti descumpriu o acordo Tegucigalpa-San José, que tinha o objetivo de solucionar a crise política no país centro-americano, instaurada em 28 de junho, com a destituição do chefe de governo constitucional, Manuel Zelaya.
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