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Ministro vincula Al Qaeda ao sequestro de três espanhóis na Mauritânia
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da Folha Online
O ministro do Interior espanhol, Alfredo Pérez Rubalcaba, disse nesta segunda-feira que "tudo indica" que o sequestro de três voluntários espanhóis na Mauritânia seja obra do braço da rede terrorista Al Qaeda no norte da África, conhecido como Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI).
Caso seja confirmado o envolvimento do grupo, afirmou Rubalcaba, "não seria o primeiro sequestro que a AQMI realiza nessa zona de voluntários europeus e americanos".
Em declarações pouco antes de uma reunião de ministros da União Europeia (UE), Rubalcaba disse que o ministro de Relações Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, conversou neste domingo com o presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Abdel Aziz.
Aziz decidiu "pôr todas as forças de segurança" do país na busca dos supostos sequestrados, afirmou Rubalcaba.
O ministro destacou que conversou com as famílias dos três voluntários e disse que está à espera de mais notícias para poder falar com total segurança.
Três voluntários espanhóis da ONG Barcelona Ação Solidária foram sequestrados neste domingo quando transportavam material de ajuda humanitária no final de um comboio formado por 13 veículos. Eles dirigiam até Dacar, capital do Senegal.
Julia Tabernejo, porta-voz do grupo, identificou os sequestrados como Albert Vilalta, Roque Pascual e Alicia Gamez. Os dois homens eram empresários com cerca de 50 anos e Gamez era uma funcionária civil que trabalhava no sistema de corte.
Um comunicado do governo espanhol diz que as forças militares da Mauritânia acompanham o resto do comboio até Dacar a pedido da Espanha.
A Mauritânia, conhecida como uma nação predominantemente muçulmana, tornou-se cenário de diversos ataques do grupo da Al Qaeda.
Em junho passado, o americano Christopher Leggett, 39, foi morto a tiros na capital do país, perto de uma escola que ajudava a administrar. O AQMI assumiu a autoria do ataque, dizendo que o americano estava tentando converter muçulmanos ao cristianismo.
Em 2007, homens armados mataram quatro turistas franceses na Mauritânia que faziam piquenique perto de uma estrada. No ano seguinte, o famoso Rally Dacar foi cancelado depois que organizadoress receberam ameaças de ataque.
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