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04/12/2009 - 09h30

Líder da independência, Simon Bolívar inspirou nome da Bolívia; leia mais

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da Folha Online

A Bolívia recebeu este nome em homenagem a Simon Bolívar, o líder da independência da América hispânica nascido no território que hoje faz parte da Venezuela.

O território boliviano foi o centro do império Tiwanaku e, mais tarde, entre os séculos 15 e 16, fez parte do império Inca. Logo depois, passou para o domínio espanhol, que extraiu grandes quantidades de prata da região.

Bolivar foi o principal nome da luta pela independência boliviana, conquistada em 1825 --quando houve o rompimento dos dirigentes locais com a Espanha-- e assumiu como primeiro presidente do país.

Ele ficou no poder apenas quatro meses, iniciando uma tradição de instabilidade que permanece como uma marca da política boliviana. Desde a independência, o país teve cerca de 200 golpes e contragolpes.

Depois de envolver-se em várias guerras com países vizinhos, a Bolívia perdeu boa parte de seu território original.

Na guerra contra o Chile, entre 1879 e 1884, o país foi derrotado e deixou de ter acesso ao mar, fato que levou a uma rixa histórica entre os dois países. Apenas muitos anos mais tarde, La Paz e Santiago assinaram acordos que permitem o acesso da Bolívia a um porto no norte do Chile, o que contribuiu para melhorar a relação bilateral.

Como os países vizinhos, a Bolívia passou ainda por décadas de ditaduras militares de direita. O governo democrático foi restabelecido apenas em 1982, mas os seus líderes enfrentaram problemas graves para reverter um cenário de grande pobreza, distúrbios sociais e produção de drogas ilegais.

Depois de enfrentar uma grave crise econômica no início dos anos 80, com endividamento externo e hiperinflação, o país adotou a partir de 1985 uma política de livre mercado --que teve sucesso em estabilizar a economia e garantir crescimento, mas que não foi suficiente para diminuir de forma significativa os problemas sociais do país.

Em dezembro de 2005, os bolivianos elegeram o líder do MAS (Movimento ao Socialismo), Evo Morales, com a maior margem desde a restauração democrática. Morales, de origem indígena, focou sua campanha em promessas de mudar a tradicional classe política boliviana e dar mais poder aos pobres e à maioria indígena.

Embora estimativas exatas sejam difíceis em um país miscigenado, calcula-se que até 60% da população boliviana é indígena. Considerados os mestiços, a população com ascendência entre os povos originais do país chega perto de 85%, com uma população branca de cerca de 15%.

Apesar de possuir reservas significativas de estanho, prata, ouro e gás natural, a Bolívia permanece sendo um dos países mais pobres do continente devido a, entre outros fatores, falta de capital próprio para investimentos e altos custos para os negócios, decorrentes da falta de infraestrutura.

arte Folha Online/arte Folha Online

Saiba mais sobre a Bolívia:

Nome: República da Bolívia

Forma de governo: república presidencialista

Divisão: nove Departamentos (Estados)

Capital: La Paz é a capital administrativa e sede do governo; Sucre é a capital constitucional e sede do Judiciário

Nacionalidade: boliviana

População: 9.775.246 (estimativa de julho de 2009)

Área: 1.098.581 km2

Idiomas: espanhol, quéchua e aimará

Moeda: boliviano

Religião: Católica, com minorias protestantes

Posição no IDH: 113ª [o Índice de Desenvolvimento Humano da ONU mede o desenvolvimento do país com base na expectativa de vida, no nível educacional e na renda per capita. A Noruega lidera a lista e o Brasil está na 75ª posição]

PIB (Produto Interno Bruto): US$ 16,6 bilhões (estimativa de 2008)

Renda per capita anual: US$ 4.500 (estimativa de 2008)

Fontes: CIA - The World Factbook, Enciclopédia Britânica, Instituto Nacional de Estatística da Bolívia, Presidência da República da Bolívia, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

Comentários dos leitores
Evo Morales, guia espiritual indígena, só faltava essa. Essas republiquetas, nem sei se é isso, não tomam jeito mesmo. Até quando vamos conviver com essa idiotice angular, petrificada na cabeça dessa gente que resiste, intransigetemente, a sair da idade da pedra. A população da Bolívia, na sua maioria de indígenas não poderia ter melhor escolha, e logo, logo, esse indiozinho presidente, será aclamado o Montesuma da Bolívia. Durma com um barulho desse, ou se prepare pra uma longa insônia. Um povo quando é obstinado por natureza, não tem bronca, desenvolve mesmo. Olha, como pode um país cercado por ignorância por todos os lados e não se contaminar, só podia ser o Chile. Grande Chile, orgulho da América Latina e de todos nós, seus admiradores. Lá eles tem presidente, um funcionário do povo. Aqui é o paisão Lula, o papai noel Lula, na Bolívia, além de paisão, mais uma graduação: Guru, guia espiritual e outros adjetivos esdrúxulos. Tenha paciência! sem opinião
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Claudinei Garcia (11) 22/01/2010 16h32
Claudinei Garcia (11) 22/01/2010 16h32
Conforme escreveu a missiva Ana Chiummo, há algo de positivo em tudo isso. A oposição tem resistido à uma escalada sem precedentes de populistas que querem trilhar caminhos e modos de produção já há muito abandonados pelo mundo todo, com excessão da caquética Cuba. Enquanto a China Comunista aprova leis de proteção à propriedade privada, nós aqui no Brasil (leia-se o PNDH-3) buscamos aboli-la por baixo do pano. E o ilustre "bolivariano" começa a colher os primeiros frutos podres do seu governo! Sendo assim, como o PT nunca ganha o governo do estado de São Paulo (A única excessão é a prefeitura), tavez seja porque a maioria dos paulistanos prefere outros caminhos. E porque será? sem opinião
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Valentin Makovski (514) 17/12/2009 17h29
Valentin Makovski (514) 17/12/2009 17h29
Sr. Francisco Lemos
Mal informado o sr. está.
O Gás GLP é uma coisa, derivado do petróleo, utilizado em Botilhões de Gás. E na maioria das residencias do Brasil. Este sim teve aumento absurdo.
O Gás GN que vem da bolívia através tubulação, e que é utilizado por Residencias, Industrias, Comercios, não tem aumento desde 16/07/2006.
O GNV, utilizado em carros, sua última Tabela de preços é de 01/07/2009.
Ou seja, criticar somente por criticar o Evo Morales, é uma coisa, mas antes por favor saiba a diferença entre:
GLP & GN
Outra coisa, se diz muito da Bolívia, mas tivemos eleições lá de forma diréta e democrática, se o povo quis novamente o Evo Morales, aqui no Brasil se tem que respeitar e se for criticar saber criticar.
Nós não somos donos da razão temos direitos & deveres, temos que saber quando um extrapola o outro. Cuida Brasil, cada macâco no seu galho, blza?.
12 opiniões
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