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01/12/2003
-
12h16
da France Presse, em Montevidéu
Tradicionalmente associado à virilidade e ao mundo masculino, o hábito de fumar vai deixando de ser um símbolo exclusivo dos homens: as mulheres são a parte da população em que mais cresceu o consumo de cigarro em todo o mundo.
Esta comprovação foi feita por uma pesquisa internacional da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os adolescentes e o tabaco, que em 2002-2003 estudou o consumo do tabaco entre mais de 1 milhão de jovens em mais de 150 países.
Outro estudo, publicado em outubro pela revista francesa "Anais da Oncologia", indica que a quantidade de mortos por câncer de pulmão na Europa caiu 15% entre os homens no período de 1985-2000, enquanto entre as mulheres registrou um aumento de 32%.
Os especialistas advertem que em 2025 haverá a mesma quantidade de mortes entre as mulheres por câncer de pulmão e câncer de mama.
Vulnerabilidade
E isso não é tudo: as mulheres são especialmente vulneráveis ao cigarro pois a contínua exposição ao tabaco altera os ciclos hormonais, provoca uma queda na fertilidade, antecipa a menopausa, aumenta os riscos de osteoporose e estraga a pele.
"Devem ser desenvolvidos programas específicos que exponham claramente as graves consequências do consumo de tabaco, especialmente os riscos para a saúde reprodutiva e os efeitos das toxinas do tabaco durante a gravidez", disse em seu relatório Charles W. Warren, coordenador da pesquisa da OMS.
Em sintonia com essa tendência mundial, na América Latina "está ocorrendo a inversão desse padrão de consumo: as mulheres começam a predominar sobre os homens como principais consumidores", disse o médico Diego Perazzo, presidente da União Antitabagista Argentina.
Para confirmar esse dado, uma pesquisa realizada em Buenos Aires entre jovens de 13 e 15 anos de idade, quando se adquire o hábito, revelou que nessa faixa há 32,5% das mulheres consumidoras de cigarros contra apenas 22,9% de usuários do sexo masculino.
A longo prazo, essa tendência entre os novos fumantes irá inverter a estatística entre os adultos, onde ainda são a maioria os fumante do sexo masculino.
Tabagismo cresce entre mulheres, diz OMS
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Tradicionalmente associado à virilidade e ao mundo masculino, o hábito de fumar vai deixando de ser um símbolo exclusivo dos homens: as mulheres são a parte da população em que mais cresceu o consumo de cigarro em todo o mundo.
Esta comprovação foi feita por uma pesquisa internacional da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os adolescentes e o tabaco, que em 2002-2003 estudou o consumo do tabaco entre mais de 1 milhão de jovens em mais de 150 países.
Outro estudo, publicado em outubro pela revista francesa "Anais da Oncologia", indica que a quantidade de mortos por câncer de pulmão na Europa caiu 15% entre os homens no período de 1985-2000, enquanto entre as mulheres registrou um aumento de 32%.
Os especialistas advertem que em 2025 haverá a mesma quantidade de mortes entre as mulheres por câncer de pulmão e câncer de mama.
Vulnerabilidade
E isso não é tudo: as mulheres são especialmente vulneráveis ao cigarro pois a contínua exposição ao tabaco altera os ciclos hormonais, provoca uma queda na fertilidade, antecipa a menopausa, aumenta os riscos de osteoporose e estraga a pele.
"Devem ser desenvolvidos programas específicos que exponham claramente as graves consequências do consumo de tabaco, especialmente os riscos para a saúde reprodutiva e os efeitos das toxinas do tabaco durante a gravidez", disse em seu relatório Charles W. Warren, coordenador da pesquisa da OMS.
Em sintonia com essa tendência mundial, na América Latina "está ocorrendo a inversão desse padrão de consumo: as mulheres começam a predominar sobre os homens como principais consumidores", disse o médico Diego Perazzo, presidente da União Antitabagista Argentina.
Para confirmar esse dado, uma pesquisa realizada em Buenos Aires entre jovens de 13 e 15 anos de idade, quando se adquire o hábito, revelou que nessa faixa há 32,5% das mulheres consumidoras de cigarros contra apenas 22,9% de usuários do sexo masculino.
A longo prazo, essa tendência entre os novos fumantes irá inverter a estatística entre os adultos, onde ainda são a maioria os fumante do sexo masculino.
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