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01/12/2003 - 17h58

Perigo da Al Qaeda aumenta, diz comissão da ONU

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da France Presse, em Nova York

Uma comissão de especialistas da ONU (Organização das Nações Unidas) que supervisiona a luta contra a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, afirmou hoje que a ideologia do grupo continua a ser propagada, e está ameaçando a paz e a segurança no mundo.

"A ideologia da Al Qaeda continua a se propagar, e deixa prever novos ataques terroristas e novas ameaças à paz e à segurança internacionais", declarou Michael Chandler, o presidente desta comissão, em um relatório publicado hoje.

"O Iraque se tornou um país propício para a organização de Osama Bin Laden, e não é difícil entrar neste país para combater as forças da coalizão [liderada pelos EUA]", informou.

Chandler afirmou, no entanto, que "ainda é cedo" para confirmar que a recrudescência nestes últimos dias dos ataques contra as forças americanas e seus aliados se deve a ações da Al Qaeda.

Papel da ONU

O relatório da comissão, criada para supervisionar as sanções aprovadas contra a Al Qaeda e os talebans a partir de 1999, recomendou que as Nações Unidas adotem "uma resolução mais rígida e mais global, obrigando os Estados a aplicar as medidas decididas".

Se tal resolução não for aprovada, "o papel desempenhado pelas Nações Unidas pode ficar cada vez mais marginalizado", segundo o relatório.

"O risco de a Al Qaeda possuir e utilizar armas de destruição em massa continua aumentando", alertou Chandler.

"A rede Al Qaeda já tomou a decisão de utilizar armas químicas e biológicas nos seus próximos atentados", afirmou, acrescentando que "a complexidade da tecnologia necessária para utilizar com eficiência este tipo de armamento é o único motivo pelo qual não cometeram tais ataques até o momento".

Preocupação

Chandler também alertou sobre a possibilidade de utilização por parte de terroristas da Al Qaeda de bombas radioativas, o que constitui "uma grande preocupação".

O presidente da comissão destacou "a facilidade cada vez maior" para os terroristas de se proverem de sistemas de mísseis antiaéreos portáteis, como os utilizados em Mombaça (Quênia) contra um avião israelense, ou pela resistência iraquiana contra a coalizão.

"É importante que as Nações Unidas tomem as providências necessárias para harmonizar os diversos controles existentes, para que a Al Qaeda e seus aliados não possam adquirir tais armas", afirmou Chandler.
 

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