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03/12/2003
-
13h41
da Folha Online
Jorge Rafael Videla nasceu em 2 de agosto de 1925, na cidade de Mercedes. Filho de um coronel, Videla estudou no Colégio Militar Nacional e teve rápida ascensão dentro das Forças Armadas. Em 1971 tornou-se brigadeiro.
Videla foi designado chefe das Forças Armadas em 1973. Dois anos mais tarde, a presidente Isabel Perón (1974-1976), viúva do presidente Juán Domingo Perón, nomeou-o comandante-em-chefe.
Nesta posição, Videla deu início à reorganização dos líderes militares, removendo todos aqueles que tinham simpatia pelo peronismo.
Ainda em 1975, liderou uma campanha contra o Exército Revolucionário do Povo (ERP), na Província de Tucumán, que terminou com a morte de centenas de guerrilheiros marxistas.
Após liderar a cúpula que derrubou Isabel Perón, em 24 de março de 1976, Videla converteu-se no presidente do país, formando o chamado governo de três homens: Videla, o general Ramón Agosti e o almirante Eduardo Emilio Massera.
Regime militar
Videla foi presidente da Argentina entre 1976 e 1981. Seu governo é acusado de incontáveis abusos aos direitos humanos durante a chamada "guerra suja", que começou com um projeto para pôr fim ao terrorismo, mas que culminou com a morte de milhares de civis.
Durante os quatro governos militares, estimativas oficiais dizem que 15 mil pessoas desapareceram, vítimas da violência do Estado. Organizações de direitos humanos dizem que cerca de 30 mil pessoas desapareceram no período.
Videla é acusado de tráfico de bebês e de envolvimento no desaparecimento e assassinato de cidadãos argentinos e estrangeiros.
A apropriação indevida dos filhos de pessoas que morreram durante a repressão não está entre os crimes que foram anistiados ou indultados pelos ex-presidentes Raúl Alfonsin (1983-1989) e Carlos Menem (1989-1999).
Além de Videla, estão detidos Massera, que foi chefe da Marinha durante o governo militar, Reinaldo Bignone, o último general a dirigir o país, em 1983, e o ex-chefe do 1º corpo do Exército Guillermo Suárez Mason. Os quatro cumprem prisão domiciliar por terem mais de 70 anos.
Também estão presos militares de patentes mais baixas e civis que colaboraram com o sequestro dos menores.
Fonte: agências internacionais e imprensa argentina
Saiba mais sobre Jorge Rafael Videla, ex-presidente argentino
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Jorge Rafael Videla nasceu em 2 de agosto de 1925, na cidade de Mercedes. Filho de um coronel, Videla estudou no Colégio Militar Nacional e teve rápida ascensão dentro das Forças Armadas. Em 1971 tornou-se brigadeiro.
Videla foi designado chefe das Forças Armadas em 1973. Dois anos mais tarde, a presidente Isabel Perón (1974-1976), viúva do presidente Juán Domingo Perón, nomeou-o comandante-em-chefe.
Nesta posição, Videla deu início à reorganização dos líderes militares, removendo todos aqueles que tinham simpatia pelo peronismo.
Ainda em 1975, liderou uma campanha contra o Exército Revolucionário do Povo (ERP), na Província de Tucumán, que terminou com a morte de centenas de guerrilheiros marxistas.
Após liderar a cúpula que derrubou Isabel Perón, em 24 de março de 1976, Videla converteu-se no presidente do país, formando o chamado governo de três homens: Videla, o general Ramón Agosti e o almirante Eduardo Emilio Massera.
Regime militar
Videla foi presidente da Argentina entre 1976 e 1981. Seu governo é acusado de incontáveis abusos aos direitos humanos durante a chamada "guerra suja", que começou com um projeto para pôr fim ao terrorismo, mas que culminou com a morte de milhares de civis.
Durante os quatro governos militares, estimativas oficiais dizem que 15 mil pessoas desapareceram, vítimas da violência do Estado. Organizações de direitos humanos dizem que cerca de 30 mil pessoas desapareceram no período.
Videla é acusado de tráfico de bebês e de envolvimento no desaparecimento e assassinato de cidadãos argentinos e estrangeiros.
A apropriação indevida dos filhos de pessoas que morreram durante a repressão não está entre os crimes que foram anistiados ou indultados pelos ex-presidentes Raúl Alfonsin (1983-1989) e Carlos Menem (1989-1999).
Além de Videla, estão detidos Massera, que foi chefe da Marinha durante o governo militar, Reinaldo Bignone, o último general a dirigir o país, em 1983, e o ex-chefe do 1º corpo do Exército Guillermo Suárez Mason. Os quatro cumprem prisão domiciliar por terem mais de 70 anos.
Também estão presos militares de patentes mais baixas e civis que colaboraram com o sequestro dos menores.
Fonte: agências internacionais e imprensa argentina
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