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06/12/2009 - 11h00

Bolívia deixou de ser país mais pobre da América do Sul, diz ministro

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SILENE RAMÍREZ e
EDUARDO GARCÍA
da Reuters, em La Paz (Bolívia)

A Bolívia deixou de ser o país mais pobre da América do Sul após duplicar seu PIB (Produto Interno Bruto) em quatro anos e registrar cifras macroeconômicas elogiadas no exterior, com uma política de projetos sociais e estatização da importante indústria dos hidrocarbonetos.

A afirmação foi feita pelo ministro da Economia, Luis Arce, em uma entrevista à Reuters na noite desta sexta-feira (4), dois dias antes da tentativa do presidente indígena Evo Morales de buscar uma reeleição que, segundo pesquisas, está assegurada pelo apoio majoritário de uma população esperançosa em suas políticas de esquerda.

Um PIB de US$ 19 bilhões, após a cifra de US$ 9 bilhões em 2005, um nível de reservas internacionais próximo a 50% do PIB, uma inflação controlada e um câmbio estável são para Arce o resultado de "um modelo feito pelos bolivianos para a economia boliviana".

"A Bolívia cresceu. Ganhamos uma reputação diante da comunidade internacional sobre o manejo macroeconômico", disse Arce, que comanda a política econômica desde o começo de 2006, quando se iniciou o governo de Morales, e agora deixa nas mãos do mandatário sua continuidade no cargo.

"Estamos entrando em uma porta onde não somos um país pobre. Estamos, acho, melhor que o Paraguai", acrescentou, sem oferecer cifras comparativas. "A Bolívia está como um sanduíche. Não somos nem emergentes, nem pobres", disse.

O economista, com especialização na Inglaterra, destacou que, neste ano, pela primeira vez, a Fitch Ratings e a Moody's Investors Service elevaram a classificação do país, e o FMI (Fundo Monetário Internacional) elogiou a política macroeconômica da Bolívia como um exemplo de prudência e equilíbrio.

"Os benefícios, a demanda interna e a distribuição do ingresso são chave para o crescimento econômico que temos gerado. Nos diferenciamos do modelo neoliberal", afirmou.

O governo de Morales tem uma alta popularidade, graças a planos sociais dirigidos a oferecer benefícios diretos a estudantes, idosos e mães, nos quais foram investidos mais de US$ 300 milhões anuais, que beneficiam 25% da população de 10 milhões de habitantes.

"Isso deu resultado. Este ano, pela primeira vez, a Bolívia será a número um em crescimento na América Latina. Eu nunca havia visto isso", afirmou, fazendo referencia à previsão oficial de crescimento do PIB de 4,5% em 2009, nível que o país espera manter em 2010.

Entidades como o FMI previram que a Bolívia será o país da América Latina que registrará o maior crescimento em 2009, com uma estimativa de 3,1%, já que a nação conseguiu driblar os efeitos da crise financeira internacional.

Arce destacou que esses subsídios são um motor para o crescimento, que levou o PIB per capita a US$ 1.671, contra US$ 1.010 no início de 2006.

Comentários dos leitores
Evo Morales, guia espiritual indígena, só faltava essa. Essas republiquetas, nem sei se é isso, não tomam jeito mesmo. Até quando vamos conviver com essa idiotice angular, petrificada na cabeça dessa gente que resiste, intransigetemente, a sair da idade da pedra. A população da Bolívia, na sua maioria de indígenas não poderia ter melhor escolha, e logo, logo, esse indiozinho presidente, será aclamado o Montesuma da Bolívia. Durma com um barulho desse, ou se prepare pra uma longa insônia. Um povo quando é obstinado por natureza, não tem bronca, desenvolve mesmo. Olha, como pode um país cercado por ignorância por todos os lados e não se contaminar, só podia ser o Chile. Grande Chile, orgulho da América Latina e de todos nós, seus admiradores. Lá eles tem presidente, um funcionário do povo. Aqui é o paisão Lula, o papai noel Lula, na Bolívia, além de paisão, mais uma graduação: Guru, guia espiritual e outros adjetivos esdrúxulos. Tenha paciência! sem opinião
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Claudinei Garcia (11) 22/01/2010 16h32
Claudinei Garcia (11) 22/01/2010 16h32
Conforme escreveu a missiva Ana Chiummo, há algo de positivo em tudo isso. A oposição tem resistido à uma escalada sem precedentes de populistas que querem trilhar caminhos e modos de produção já há muito abandonados pelo mundo todo, com excessão da caquética Cuba. Enquanto a China Comunista aprova leis de proteção à propriedade privada, nós aqui no Brasil (leia-se o PNDH-3) buscamos aboli-la por baixo do pano. E o ilustre "bolivariano" começa a colher os primeiros frutos podres do seu governo! Sendo assim, como o PT nunca ganha o governo do estado de São Paulo (A única excessão é a prefeitura), tavez seja porque a maioria dos paulistanos prefere outros caminhos. E porque será? sem opinião
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Valentin Makovski (514) 17/12/2009 17h29
Valentin Makovski (514) 17/12/2009 17h29
Sr. Francisco Lemos
Mal informado o sr. está.
O Gás GLP é uma coisa, derivado do petróleo, utilizado em Botilhões de Gás. E na maioria das residencias do Brasil. Este sim teve aumento absurdo.
O Gás GN que vem da bolívia através tubulação, e que é utilizado por Residencias, Industrias, Comercios, não tem aumento desde 16/07/2006.
O GNV, utilizado em carros, sua última Tabela de preços é de 01/07/2009.
Ou seja, criticar somente por criticar o Evo Morales, é uma coisa, mas antes por favor saiba a diferença entre:
GLP & GN
Outra coisa, se diz muito da Bolívia, mas tivemos eleições lá de forma diréta e democrática, se o povo quis novamente o Evo Morales, aqui no Brasil se tem que respeitar e se for criticar saber criticar.
Nós não somos donos da razão temos direitos & deveres, temos que saber quando um extrapola o outro. Cuida Brasil, cada macâco no seu galho, blza?.
12 opiniões
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