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ONU mostra alarme com ataques a estrangeiros na África do Sul
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da Reuters, em Joahnnesburgo
Os ataques contra estrangeiros na África do Sul são "muito alarmantes", disse na quinta-feira a alta comissária da ONU (Organização das Nações Unidas) para os Direitos Humanos, Navi Pillay.
Pillay, que também é sul-africana, disse ser preocupante que a África do Sul, que deixou o apartheid (governo de minoria branca) apenas em 1994 e se orgulha de ser um modelo de democracia desde então, não consiga proteger os residentes estrangeiros. "Novas formas de xenofobia estão em ascensão, em especial contra refugiados e migrantes. Ataques contra estrangeiros na África do Sul e em outros lugares são muito alarmantes", disse Pillay.
Ao menos 42 pessoas morreram e dezenas de milhares de estrangeiros ficaram desalojados no ano passado em tumultos por causa de empregos e da criminalidade crescente na maior economia da África.
Outros distúrbios menores por causa de empregos e da precariedade dos serviços de saúde e saneamento básico vêm ocorrendo desde então na África do Sul. No mês passado, 2.700 zimbabuanos que buscavam asilo tiveram de montar acampamentos de segurança temporários em áreas rurais após ataques.
A África do Sul receberá visitantes de todas as regiões do mundo no ano que vem, quando sediará a Copa do Mundo de futebol entre 11 de junho e 11 de julho.
Pillay pediu que o governo ratifique a convenção da ONU sobre proteção de migrantes e suas famílias. "Os governos deveriam ratificar isso e aprovar legislação apropriada para implementá-la", disse ela por ocasião do 61o. aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem.
O ministro da Justiça sul-africano, Jeff Radebe, disse que os ataques a migrantes eram uma "vergonha" para todos os sul-africanos e disse que promotores e tribunais especiais foram disponibilizados para confrontar o problema.
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