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20/08/2000
-
22h28
das agências internacionais
No que pode ser a última tentativa de resgate do Kursk, mergulhadores noruegueses se esforçam para abrir uma escotilha de emergência localizada na popa (parte traseira) do submarino russo. Os esforços de socorro continuam, apesar de as autoridades russas e especialistas já acreditarem que, a essa altura, todos os 118 tripulantes do Kursk estejam mortos.
Uma equipe de mergulhadores noruegueses foi hoje à cidade russa de Vidiaievo, no noroeste do país, para estudar um submarino semelhante ao Kursk antes de dar sequência à operação. Durante a tarde, os mergulhadores desceram ao Kursk e, depois de uma primeira avaliação, acreditavam que não seria difícil abrir a escotilha de emergência.
O contra-almirante Einar Skorgen, que comanda a equipe de resgate da Marinha norueguesa, disse que os mergulhadores ainda estavam "bem longe" de qualquer tentativa de entrar no submarino.
Os mergulhadores noruegueses acreditam também que a escotilha de popa do Kursk contenha ar. A informação contradiz a versão russa, segundo a qual a escotilha teria sido danificada pela explosão, além de estar inundada.
"Os mergulhadores constataram que a escotilha externa da saída de emergência de popa do submarino não foi danificada", disse Kjell Grandhagen, porta-voz das Forças Armadas norueguesas. "Eles também constataram que há ar lá dentro", acrescentou.
O vice-premiê russo Ilia Klebanov, a mais alta autoridade do governo perto do local do acidente, havia dito que a escotilha teria de ser arrancada com o auxílio de um guindaste a bordo do navio norueguês.
Outro porta-voz das Forças Armadas norueguesas, John Espen Lien, negou em Oslo (capital) a versão divulgada pela TV russa de que os mergulhadores teriam encontrado um marinheiro preso na câmara da escotilha.
O Kursk naufragou no mar de Barents no último dia 12, com 118 tripulantes, provavelmente em consequência de uma explosão, cujas causas não foram determinadas. Ele se encontra a 108 metros de profundidade.
Diversas tentativas da Marinha russa de resgatar a nave falharam. Ontem à noite, a pedido do governo russo, chegaram ao local os mergulhadores noruegueses e uma equipe britânica com um minissubmarino de resgate, o LR5, que está a bordo de um navio nas proximidades do local do desastre.
Além da falta de oxigênio e do excesso de gás carbônico no ar, eventuais sobreviventes enfrentariam uma hipotermia prolongada. Sem sistema de aquecimento, a temperatura a bordo seria de 4 ou 5 graus Celsius.
Problemas na coordenação
Sobre o desencontro das informações divulgadas, Grandhagen afirmou: "Nós não temos um serviço de informações muito integrado com o dos russos, assim não vou especular sobre as diferenças... Mas as notícias que estou lhes dando vêm diretamente de nossos mergulhadores, que, até onde sei, são os únicos que desceram e deram uma olhada".
Grandhagen também disse que é impossível descartar a hipótese de que haja sobreviventes. "Ainda trabalhamos com a idéia de que procuramos por possíveis sobreviventes", afirmou.
A integração entre as equipes russa, norueguesa e britânica apresenta problemas. O contra-almirante Skorgen admitiu que houve perda de tempo por falta de coordenação e que teve de se dirigir diretamente ao comando da frota setentrional, em Murmansk, para que as operações tivessem início.
"É um pouco difícil de administrar. Tem a ver com duas culturas diferentes tendo de operar em conjunto", disse o contra-almirante à rádio pública norueguesa NRK.
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Resgate luta para abrir escotilha do submarino Kursk
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No que pode ser a última tentativa de resgate do Kursk, mergulhadores noruegueses se esforçam para abrir uma escotilha de emergência localizada na popa (parte traseira) do submarino russo. Os esforços de socorro continuam, apesar de as autoridades russas e especialistas já acreditarem que, a essa altura, todos os 118 tripulantes do Kursk estejam mortos.
Uma equipe de mergulhadores noruegueses foi hoje à cidade russa de Vidiaievo, no noroeste do país, para estudar um submarino semelhante ao Kursk antes de dar sequência à operação. Durante a tarde, os mergulhadores desceram ao Kursk e, depois de uma primeira avaliação, acreditavam que não seria difícil abrir a escotilha de emergência.
O contra-almirante Einar Skorgen, que comanda a equipe de resgate da Marinha norueguesa, disse que os mergulhadores ainda estavam "bem longe" de qualquer tentativa de entrar no submarino.
Os mergulhadores noruegueses acreditam também que a escotilha de popa do Kursk contenha ar. A informação contradiz a versão russa, segundo a qual a escotilha teria sido danificada pela explosão, além de estar inundada.
"Os mergulhadores constataram que a escotilha externa da saída de emergência de popa do submarino não foi danificada", disse Kjell Grandhagen, porta-voz das Forças Armadas norueguesas. "Eles também constataram que há ar lá dentro", acrescentou.
O vice-premiê russo Ilia Klebanov, a mais alta autoridade do governo perto do local do acidente, havia dito que a escotilha teria de ser arrancada com o auxílio de um guindaste a bordo do navio norueguês.
Outro porta-voz das Forças Armadas norueguesas, John Espen Lien, negou em Oslo (capital) a versão divulgada pela TV russa de que os mergulhadores teriam encontrado um marinheiro preso na câmara da escotilha.
O Kursk naufragou no mar de Barents no último dia 12, com 118 tripulantes, provavelmente em consequência de uma explosão, cujas causas não foram determinadas. Ele se encontra a 108 metros de profundidade.
Diversas tentativas da Marinha russa de resgatar a nave falharam. Ontem à noite, a pedido do governo russo, chegaram ao local os mergulhadores noruegueses e uma equipe britânica com um minissubmarino de resgate, o LR5, que está a bordo de um navio nas proximidades do local do desastre.
Além da falta de oxigênio e do excesso de gás carbônico no ar, eventuais sobreviventes enfrentariam uma hipotermia prolongada. Sem sistema de aquecimento, a temperatura a bordo seria de 4 ou 5 graus Celsius.
Problemas na coordenação
Sobre o desencontro das informações divulgadas, Grandhagen afirmou: "Nós não temos um serviço de informações muito integrado com o dos russos, assim não vou especular sobre as diferenças... Mas as notícias que estou lhes dando vêm diretamente de nossos mergulhadores, que, até onde sei, são os únicos que desceram e deram uma olhada".
Grandhagen também disse que é impossível descartar a hipótese de que haja sobreviventes. "Ainda trabalhamos com a idéia de que procuramos por possíveis sobreviventes", afirmou.
A integração entre as equipes russa, norueguesa e britânica apresenta problemas. O contra-almirante Skorgen admitiu que houve perda de tempo por falta de coordenação e que teve de se dirigir diretamente ao comando da frota setentrional, em Murmansk, para que as operações tivessem início.
"É um pouco difícil de administrar. Tem a ver com duas culturas diferentes tendo de operar em conjunto", disse o contra-almirante à rádio pública norueguesa NRK.
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