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Estudantes protestam no Irã após queima de foto do aiatolá Khomeini
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da Efe, em Teerã
Grupos de estudantes opositores e governistas voltaram a protestar frente a frente, nesta terça-feira, na Universidade de Teerã, dentro da polêmica sobre os insultos ao fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini (1900-1989), informou a agência de notícias estatal Irna.
De acordo com a agência, cerca de mil estudantes partidários do governo se concentraram no campus de Azad para protestar contra a queima de imagens de Khomeini, uma ação que reavivou o conflito político e social no país e pela qual pessoas foram presas ontem (14). Os estudantes apoiaram o líder supremo da revolução, aiatolá Ali Khamenei, e pediram "morte aos Estados Unidos, a Israel e aos hipócritas".
Próximo a eles, um grupo de manifestantes do movimento verde de oposição --estimado, pela Irna, em cem pessoas-- protestou contra o governo enquanto erguiam retratos de Khomeini. Não há notícias de enfrentamentos.
O Irã é cenário de protestos desde que, em junho passado, o presidente Mahmoud Ahmadinejad conseguiu se reeleger, sob denúncias de fraude. Em 7 de dezembro passado, Dia do Estudante no Irã, a oposição voltou a sair às ruas, mobilização que foi reprimida com violência mais uma vez pelas forças de segurança, que detiveram mais de 200 pessoas.
Durante a jornada de protestos, a TV estatal emitiu imagens nas quais era possível ver nas mãos de pessoas fotos queimadas de Khomeini, figura até o momento incontestável no país. A TV atribuiu a ação a estudantes da oposição, o que o movimento verde negou.
Na mesma linha, nesta terça-feira, a Procuradoria Geral de Teerã iniciou ações legais contra dois sites acusados de insultar o presidente Ahmadinejad.
Conforme o jornal pró-reformista "Aftab Yazd", o procurador-geral de Teerã, Abbas Jaafari Dowlatabadi, pediu que fossem averiguados os sites Jahannews e Alef --o segundo ligado a um deputado, Ahmad Tavakkoli, crítico das políticas do presidente.
Recentemente, o Poder Judiciário iraniano fechou cinco jornais desde que explodiram os protestos contra a reeleição de Ahmadinejad, que a oposição pró-reformista qualificou de "fraudulenta". Além disso, as autoridades iranianas impuseram uma censura à internet, que impede o acesso a várias páginas de todo tipo.
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