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16/12/2003
-
05h24
SÉRGIO DÁVILA
da Folha de S.Paulo
O fotógrafo brasileiro Mauricio Lima, 28, da agência de notícias France Presse, talvez tenha sido o primeiro civil a descobrir que Saddam Hussein havia sido preso. Ele está acompanhando o 1º Batalhão da 22ª Brigada, que pertence à 4ª Divisão de Infantaria, o grupo responsável pela captura. Na madrugada de ontem, Lima deu a seguinte entrevista à Folha de S.Paulo, por e-mail:
Folha - Como você soube da prisão?
Mauricio Lima - Eu soube sábado à noite, por um soldado. Ele não foi direto, não disse: "Prendemos Saddam". Tive de cercá-lo com perguntas para ter a resposta. Talvez eu tenha sido a primeira pessoa a ter essa conclusão que não fosse um militar. Não consegui dormir direito [para poder acompanhar os militares, Lima teve que assumir um compromisso de não divulgar informações consideradas estratégicas]. Quando chega o momento crucial, não podemos cobrir, muito menos somos informados. É indescritível o aperto no coração.
Folha - Como reagiram as pessoas aí quando o anúncio foi feito?
Lima - Encontrei domingo à noite um soldado iraquiano. Antes que eu falasse, ele cruzava e descruzava os punhos, simbolizando a prisão, com um sorriso de orelha a orelha. No entanto, conversei com um motorista que conduzia jornalistas que estava de cara totalmente amarrada. Perguntei se estava contente, ele me disse: "Por quê?". Respondi que pela prisão de Saddam. Ele, a contragosto, soltou um "yes" amargo.
Folha - E o clima nas ruas? Saíram mesmo para festejar e dar tiros?
Lima - De onde estou, consegui ouvir alguns tiros, mas não muitos. Falei com um fotógrafo da France Presse em Bagdá e com outro na região de Samara. Ambos me falaram dos tiros. Outro, da "Time", me disse que o clima não era o mesmo.
Especial
Leia mais sobre o Iraque ocupado
Brasileiro soube antes da prisão de Saddam
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da Folha de S.Paulo
O fotógrafo brasileiro Mauricio Lima, 28, da agência de notícias France Presse, talvez tenha sido o primeiro civil a descobrir que Saddam Hussein havia sido preso. Ele está acompanhando o 1º Batalhão da 22ª Brigada, que pertence à 4ª Divisão de Infantaria, o grupo responsável pela captura. Na madrugada de ontem, Lima deu a seguinte entrevista à Folha de S.Paulo, por e-mail:
Folha - Como você soube da prisão?
Mauricio Lima - Eu soube sábado à noite, por um soldado. Ele não foi direto, não disse: "Prendemos Saddam". Tive de cercá-lo com perguntas para ter a resposta. Talvez eu tenha sido a primeira pessoa a ter essa conclusão que não fosse um militar. Não consegui dormir direito [para poder acompanhar os militares, Lima teve que assumir um compromisso de não divulgar informações consideradas estratégicas]. Quando chega o momento crucial, não podemos cobrir, muito menos somos informados. É indescritível o aperto no coração.
Folha - Como reagiram as pessoas aí quando o anúncio foi feito?
Lima - Encontrei domingo à noite um soldado iraquiano. Antes que eu falasse, ele cruzava e descruzava os punhos, simbolizando a prisão, com um sorriso de orelha a orelha. No entanto, conversei com um motorista que conduzia jornalistas que estava de cara totalmente amarrada. Perguntei se estava contente, ele me disse: "Por quê?". Respondi que pela prisão de Saddam. Ele, a contragosto, soltou um "yes" amargo.
Folha - E o clima nas ruas? Saíram mesmo para festejar e dar tiros?
Lima - De onde estou, consegui ouvir alguns tiros, mas não muitos. Falei com um fotógrafo da France Presse em Bagdá e com outro na região de Samara. Ambos me falaram dos tiros. Outro, da "Time", me disse que o clima não era o mesmo.
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