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16/12/2003 - 16h25

Blair diz ter prova de que há laboratórios clandestinos no Iraque

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da Folha Online

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, afirmou hoje que dispunha de "provas" da existência de um "enorme sistema de laboratórios clandestinos" no Iraque. Segundo o premiê, esses laboratórios poderiam ter sido usados para a produção de armas de destruição em massa.

Em uma entrevista à rádio das Forças Armadas do Reino Unido, Blair disse que inspetores de armas do Iraq Survey Group encontraram "evidências de um sistema de redes de laboratórios clandestinos" dentro do Iraque.

"Quando um país com um líder como Saddam [Hussein] tenta esconder isso, o que está fazendo?", perguntou Blair.

"Não acho que seja surpreendente o fato de que vamos ter que procurar [as armas]", disse Blair em outra entrevista, concedida ao serviço árabe da rede BBC. "Não há dúvidas de que ele [Saddam] tinha [armas de destruição em massa]. Ele as usou contra o Irã, ele as usou contra seu próprio povo".

Inspetores

"Estou confiante de que quando o Iraq Survey Group acabar seu trabalho vamos descobrir o quê aconteceu com essas armas, pois não há duvida de que ele [Saddam] as tinha".

Segundo Blair, o Iraq Survey Group constatou também "trabalhos de pesquisas e planos para fabricar mísseis balísticos de longo alcance".

O Iraq Survey Group é formado por uma equipe anglo-americana composta por 1.400 cientistas, especialistas militares e agentes de inteligência.

Blair defendeu sua decisão de integrar a coalizão liderada pelos EUA que invadiu o Iraque em março, apesar de inspetores de armas não terem conseguido achar evidências de armas de destruição em massa no país. A suposta presença desse tipo de arma foi a principal justificativa dada pelo governo britânico para a ação militar.

Blix

Por outro lado, Hans Blix, ex-chefe dos inspetores de armas da ONU (Organização das Nações UNidas), afirmou hoje que o Iraque provavelmente se desfez de suas armas de destruição em massa em 1991, como seus ex-dirigentes afirmaram.

"Os iraquianos disseram sem cessar que as destruíram em meados de 1991", logo depois da Guerra do Golfo, disse Blix em uma coletiva de imprensa em Estocolmo (Suécia).

"Na minha opinião não há mais armas de destruição em massa [no Iraque]", disse Blix, acrescentando que ainda que a detenção de Saddam Hussein, no sábado (13), não permita achar tais armas, sua prisão pode ajudar a responder como o Iraque as obteve, desenvolveu e destruiu.

Com agências internacionais

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