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Camboja deporta 20 uigures para a China
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da Folha Online
O Camboja deportou para a China na noite deste sábado (19) 20 dos 22 uigures que esperavam que o Acnur (Alto Comissariado da ONU para os Refugiados) verificasse seus dados para dar-lhes o status de refugiados políticos.
Os uigures --uma etnia de origem turca, predominantemente muçulmana-- saíram ontem de Phnom Penh em um avião chinês e, segundo o Ministério de Exteriores cambojano, foram expulsos por entrada ilegal no país sob as leis de imigração, e não por pressões de Pequim.
A agência da ONU afirma que o Camboja viola, assim, a Convenção da ONU sobre os Refugiados de 1951, porque ainda não tinha sido determinado o status dos uigures, que foram detidos pela polícia por causa dos protestos de grupos como a Anistia Internacional ou o Human Rights Watch.
A deportação aconteceu na véspera da visita ao Camboja do vice-presidente chinês, Xi Jinping, enquanto se desconhece o paradeiro de dois civis que aparentemente fugiram do primeiro grupo de 22.
O primeiro-ministro cambojano, Hun Sen, ignorou os pedidos das organizações de direitos humanos para que não expulsasse os civis, aos quais Pequim tacha de "criminosos".
A Anistia Internacional assegura que, quando chegarem à China, os 20 civis serão torturados, já que fugiram após os distúrbios de junho na cidade de Urumqi, que deixaram quase 200 mortos e mais de 1.600 feridos.
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