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21/08/2000
-
13h44
da France Presse
em Londres (Reino Unido)
"Estou bem, trabalho como cozinheiro e acabo de receber meu diploma de submarinista", escreveu à mãe numa emotiva carta datada de 23 de julho um dos 118 tripulantes do submarino russo Kursk, encalhado desde 12 de agosto no mar de Barents.
A carta, publicada hoje pelo jornal inglês "Guardian", pertence ao submarinista Serguei Vitchenko, que se desculpa por não ter escrito antes. "Estávamos em alto-mar e agora estamos no porto, embarcando mísseis", explica.
"Quando terminarmos, voltamos ao mar e logo regressaremos a Severomorsk para o desfile militar", conta. "Tentarei lhe enviar esta carta amanhã. Estou bem. Finalmente me permitiram trabalhar como cozinheiro, ainda mais na adega", continua Serguei Vitchenko.
Na mesma carta, obtida por um jornalista do jornal britânico em Murmansk, o tripulante do Kursk destaca que os cozinheiros gozam de alguns privilégios como por exemplo estar autorizados a tomar banho todos os dias e dormir 12 horas por noite.
O jovem marinheiro, que segundo o "Guardian" tinha 20 anos, faz algumas brincadeiras com a mãe, Valentina Avelene, ao saber que ela havia conseguido a carteira de motorista.
"Então, agora você pode mesmo dirigir um carro? Para ser honesto, mamãe, não consigo te imaginar ao volante. Não vejo a hora de que me mande uma foto dirigindo".
A carta logo adquire um tom sério. Serguei conta à mãe que obteve o diploma de submarinista. "Estávamos a cem metros, mas nosso navio pode descer muito mais. Até 480 metros (de profundidade), não é problema", conta.
E para festejar a obtenção do diploma ele diz: "Fomos convocados ao posto do comandante, onde todos bebemos um copo de água do mar. Depois recebemos um certificado e o comandante nos apertou a mão. Mas, depois de beber a água do mar, ficamos um pouco descompostos".
"Adeus, gosto muito de você e estou com saudades, me escreva", conclui Serguei Vitchenko na carta, publicada na íntegra numa reportagem do Guardian, junto com uma fotografia.
Leia mais sobre o acidente com o submarino russo
Leia comentário de Clóvis Rossi
na pensata
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Carta de um dos tripulantes do Kursk para mãe conta o cotidiano no submarino
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em Londres (Reino Unido)
"Estou bem, trabalho como cozinheiro e acabo de receber meu diploma de submarinista", escreveu à mãe numa emotiva carta datada de 23 de julho um dos 118 tripulantes do submarino russo Kursk, encalhado desde 12 de agosto no mar de Barents.
A carta, publicada hoje pelo jornal inglês "Guardian", pertence ao submarinista Serguei Vitchenko, que se desculpa por não ter escrito antes. "Estávamos em alto-mar e agora estamos no porto, embarcando mísseis", explica.
"Quando terminarmos, voltamos ao mar e logo regressaremos a Severomorsk para o desfile militar", conta. "Tentarei lhe enviar esta carta amanhã. Estou bem. Finalmente me permitiram trabalhar como cozinheiro, ainda mais na adega", continua Serguei Vitchenko.
Na mesma carta, obtida por um jornalista do jornal britânico em Murmansk, o tripulante do Kursk destaca que os cozinheiros gozam de alguns privilégios como por exemplo estar autorizados a tomar banho todos os dias e dormir 12 horas por noite.
O jovem marinheiro, que segundo o "Guardian" tinha 20 anos, faz algumas brincadeiras com a mãe, Valentina Avelene, ao saber que ela havia conseguido a carteira de motorista.
"Então, agora você pode mesmo dirigir um carro? Para ser honesto, mamãe, não consigo te imaginar ao volante. Não vejo a hora de que me mande uma foto dirigindo".
A carta logo adquire um tom sério. Serguei conta à mãe que obteve o diploma de submarinista. "Estávamos a cem metros, mas nosso navio pode descer muito mais. Até 480 metros (de profundidade), não é problema", conta.
E para festejar a obtenção do diploma ele diz: "Fomos convocados ao posto do comandante, onde todos bebemos um copo de água do mar. Depois recebemos um certificado e o comandante nos apertou a mão. Mas, depois de beber a água do mar, ficamos um pouco descompostos".
"Adeus, gosto muito de você e estou com saudades, me escreva", conclui Serguei Vitchenko na carta, publicada na íntegra numa reportagem do Guardian, junto com uma fotografia.
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