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21/08/2000
-
14h23
da Reuters
em Moscou (Rússia)
Durante todo o incidente com o submarino Kursk, as autoridades russas deram um grande número de informações incorretas.
Algumas podem ter sido resultado da situação de emergência. Outras pareciam buscar subestimar a gravidade do acidente ou superestimar as capacidades de resgate da Rússia.
Alguns meios de comunicação russos acusaram as autoridades de mentirem sobre o desastre.
A seguir, há uma lista com algumas das declarações falsas dadas pelo governo russo durante a tragédia.
SEGUNDA-FEIRA, 14 de agosto
- A Marinha deu notícia do desastre e afirmou que ele havia ocorrido no domingo anterior. Na verdade, o Kursk naufragou no sábado, como revelou mais tarde a Noruega.
- A Marinha afirmou que o submarino foi atingido por ``falhas técnicas'' e que a tripulação o desligou deixando que atingisse o fundo do oceano. Na verdade, ele foi destruído por explosões ocorridas a bordo, acabou invadido rapidamente pelas águas e afundou. A maior parte da tripulação morreu em minutos.
- Igor Dygalo, porta-voz da Marinha, disse que as equipes de resgate haviam estabelecido contato radiofônico com a tripulação. Na verdade, nenhum contato por rádio foi feito depois do acidente.
- A Marinha disse ter sido informada de que a tripulação havia desligado os reatores nucleares que impulsionam o submarino. Mais tarde, descobriu-se que os reatores foram desligados automaticamente. Na verdade, como não havia contato por rádio, as autoridades não tinham informações sobre o que estava ocorrendo a bordo.
- As autoridades disseram ter baixado um sino de mergulho até o submarino para fornecer eletricidade e oxigênio para a tripulação. Isso não ocorreu.
TERÇA-FEIRA, 15 de agosto
- Um porta-voz da Marinha afirmou que a tripulação havia dado sinais de que não havia ocorrido nenhuma morte a bordo.
QUARTA-FEIRA, 16 de agosto
- Um vice-chefe de gabinete da Marinha disse que a tripulação do Kursk continuava a dar sinais por meio de barulhos produzidos no casco da embarcação. Mais tarde, as autoridades disseram que o último som vindo do submarino havia sido captado na segunda-feira.
SEXTA-FEIRA, 18 de agosto
- O presidente russo, Vladimir Putin, diz que ter aceitado a ajuda internacional antes não teria feito diferença já que as condições climáticas não permitiriam o resgate do mesmo modo. Especialistas da área militar disseram que as condições climáticas teriam tido pouco impacto em uma operação de resgate.
- Putin diz que sabia desde o dia da explosão que as chances de haver sobreviventes no Kursk eram muito pequenas, contradizendo várias previsões otimistas feitas até então.
SÁBADO, 19 de agosto
- Autoridades russas reconhecem que o dano na embarcação foi imenso, que a maior parte da tripulação morreu pouco depois do acidente e que o resto estava provavelmente morto. Não ficou claro há quanto tempo o governo dispunha dessas informações.
DOMINGO, 20 de agosto
- O vice-primeiro-ministro russo, Ilya Klebanov, afirmou que os mergulhadores noruegueses haviam dito que a escotilha da embarcação estava muito danificada para ser aberta. A Noruega afirmou que os mergulhadores não afirmaram tal coisa. Mais tarde, a escotilha foi aberta sem maiores problemas.
Leia mais sobre o acidente com o submarino russo
Leia comentário de Clóvis Rossi
na Pensata
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Rússia teria divulgado inverdades sobre submarino Kursk
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Durante todo o incidente com o submarino Kursk, as autoridades russas deram um grande número de informações incorretas.
Algumas podem ter sido resultado da situação de emergência. Outras pareciam buscar subestimar a gravidade do acidente ou superestimar as capacidades de resgate da Rússia.
Alguns meios de comunicação russos acusaram as autoridades de mentirem sobre o desastre.
A seguir, há uma lista com algumas das declarações falsas dadas pelo governo russo durante a tragédia.
SEGUNDA-FEIRA, 14 de agosto
- A Marinha deu notícia do desastre e afirmou que ele havia ocorrido no domingo anterior. Na verdade, o Kursk naufragou no sábado, como revelou mais tarde a Noruega.
- A Marinha afirmou que o submarino foi atingido por ``falhas técnicas'' e que a tripulação o desligou deixando que atingisse o fundo do oceano. Na verdade, ele foi destruído por explosões ocorridas a bordo, acabou invadido rapidamente pelas águas e afundou. A maior parte da tripulação morreu em minutos.
- Igor Dygalo, porta-voz da Marinha, disse que as equipes de resgate haviam estabelecido contato radiofônico com a tripulação. Na verdade, nenhum contato por rádio foi feito depois do acidente.
- A Marinha disse ter sido informada de que a tripulação havia desligado os reatores nucleares que impulsionam o submarino. Mais tarde, descobriu-se que os reatores foram desligados automaticamente. Na verdade, como não havia contato por rádio, as autoridades não tinham informações sobre o que estava ocorrendo a bordo.
- As autoridades disseram ter baixado um sino de mergulho até o submarino para fornecer eletricidade e oxigênio para a tripulação. Isso não ocorreu.
TERÇA-FEIRA, 15 de agosto
- Um porta-voz da Marinha afirmou que a tripulação havia dado sinais de que não havia ocorrido nenhuma morte a bordo.
QUARTA-FEIRA, 16 de agosto
- Um vice-chefe de gabinete da Marinha disse que a tripulação do Kursk continuava a dar sinais por meio de barulhos produzidos no casco da embarcação. Mais tarde, as autoridades disseram que o último som vindo do submarino havia sido captado na segunda-feira.
SEXTA-FEIRA, 18 de agosto
- O presidente russo, Vladimir Putin, diz que ter aceitado a ajuda internacional antes não teria feito diferença já que as condições climáticas não permitiriam o resgate do mesmo modo. Especialistas da área militar disseram que as condições climáticas teriam tido pouco impacto em uma operação de resgate.
- Putin diz que sabia desde o dia da explosão que as chances de haver sobreviventes no Kursk eram muito pequenas, contradizendo várias previsões otimistas feitas até então.
SÁBADO, 19 de agosto
- Autoridades russas reconhecem que o dano na embarcação foi imenso, que a maior parte da tripulação morreu pouco depois do acidente e que o resto estava provavelmente morto. Não ficou claro há quanto tempo o governo dispunha dessas informações.
DOMINGO, 20 de agosto
- O vice-primeiro-ministro russo, Ilya Klebanov, afirmou que os mergulhadores noruegueses haviam dito que a escotilha da embarcação estava muito danificada para ser aberta. A Noruega afirmou que os mergulhadores não afirmaram tal coisa. Mais tarde, a escotilha foi aberta sem maiores problemas.
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