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Família de governador colombiano assassinado critica pouca segurança
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da Efe, em Bogotá (Colômbia)
da Folha Online
Os familiares do governador do Departamento (Estado) colombiano de Caquetá, Luis Francisco Cuéllar, sequestrado e assassinado por homens armados, afirmaram nesta quarta-feira que ele não tinha proteção policial suficiente, apesar de ter sido vítima de vários sequestros e ameaças.
Luis Fernando Cuéllar, filho do governador, disse à imprensa que apenas três policiais faziam a segurança do pai, embora este tenha sido sequestrado outras quatro vezes.
Ele revelou ainda que, horas antes do rapto, um dos seguranças do governador disse para a família ter "muito cuidado", já que circulavam rumores de um possível atentado contra o político.
A mulher de Cuéllar, Imelda Galindo, afirmou que, muitas vezes, a equipe ficava reduzida para apenas um policial na casa deles --como na noite em que o governador foi sequestrado em sua própria casa por um grupo armado com cerca de dez homens, usando roupas militares.
Na ação, o único policial que fazia a segurança do governador morreu. Outros dois policiais, que se aproximaram após a explosão de uma granada jogada pelos sequestradores, ficaram feridos.
Nenhum grupo assumiu a autoria do crime, mas o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, responsabiliza militantes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e prometeu derrotar os "terroristas".
Uribe afirmou na noite desta terça-feira, em pronunciamento na TV, que mantém a recompensa de 1 bilhão de pesos (cerca de R$ 872 mil) por qualquer informação que leve à captura dos responsáveis pela morte do governador.
O valor havia sido oferecido na véspera por informações que levassem à libertação de Cuéllar, cujo corpo foi encontrado degolado e atado a explosivos próximo à cidade de Florencia, capital de Caquetá.
Morte
Uribe foi quem anunciou a morte de Cuéllar nesta terça-feira. "Ainda não temos a hora do assassinato, mas sabemos que foi degolado. Miseravelmente o degolaram", disse Uribe ao lamentar a morte de Cuéllar.
"Os altos comandos me explicaram que, como havia uma perseguição policial, seguramente os terroristas, para evitar os disparos, degolaram o senhor governador".
Cuéllar foi retirado de casa em Florencia, na noite desta segunda-feira por um grupo de guerrilheiros. Após queimar o veículo em que era transportado, os sequestradores degolaram o governador.
Mais cedo, a governadora interina de Caquetá, Olga Patricia Vega, informou que, ao que tudo indicava, Cuéllar foi executado porque teve dificuldades para caminhar durante a fuga dos sequestradores.
O site do jornal "El Tiempo" havia informado que o corpo de Cuéllar estava "próximo a um veículo incinerado empregado no sequestro", em um local a cerca de 15 km ao sul de Florencia, "com impactos de bala e cercado de explosivos".
De acordo com o noticiário CM&, o corpo não pôde ser removido imediatamente pelo Exército por estar preso a vários explosivos, em uma zona minada pelos rebeldes.
Este foi o primeiro sequestro de uma grande autoridade na Colômbia desde a posse de Uribe, em agosto de 2002, quando teve início a política de "segurança democrática", que privilegia a estratégia militar para combater a guerrilha.
As Farc, com mais de 6.000 combatentes, são a mais antiga guerrilha da Colômbia, com 45 anos de luta armada. A guerrilha mantém 24 militares e policiais reféns, alguns com mais de dez anos de cativeiro, e sua meta é trocá-los por 500 rebeldes presos --proposta já rejeitada por Uribe.
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