Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
23/12/2009 - 14h09

Família de governador colombiano assassinado critica pouca segurança

Publicidade

da Efe, em Bogotá (Colômbia)
da Folha Online

Os familiares do governador do Departamento (Estado) colombiano de Caquetá, Luis Francisco Cuéllar, sequestrado e assassinado por homens armados, afirmaram nesta quarta-feira que ele não tinha proteção policial suficiente, apesar de ter sido vítima de vários sequestros e ameaças.

Luis Fernando Cuéllar, filho do governador, disse à imprensa que apenas três policiais faziam a segurança do pai, embora este tenha sido sequestrado outras quatro vezes.

Ele revelou ainda que, horas antes do rapto, um dos seguranças do governador disse para a família ter "muito cuidado", já que circulavam rumores de um possível atentado contra o político.

A mulher de Cuéllar, Imelda Galindo, afirmou que, muitas vezes, a equipe ficava reduzida para apenas um policial na casa deles --como na noite em que o governador foi sequestrado em sua própria casa por um grupo armado com cerca de dez homens, usando roupas militares.

Na ação, o único policial que fazia a segurança do governador morreu. Outros dois policiais, que se aproximaram após a explosão de uma granada jogada pelos sequestradores, ficaram feridos.

Nenhum grupo assumiu a autoria do crime, mas o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, responsabiliza militantes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e prometeu derrotar os "terroristas".

Uribe afirmou na noite desta terça-feira, em pronunciamento na TV, que mantém a recompensa de 1 bilhão de pesos (cerca de R$ 872 mil) por qualquer informação que leve à captura dos responsáveis pela morte do governador.

O valor havia sido oferecido na véspera por informações que levassem à libertação de Cuéllar, cujo corpo foi encontrado degolado e atado a explosivos próximo à cidade de Florencia, capital de Caquetá.

Morte

Uribe foi quem anunciou a morte de Cuéllar nesta terça-feira. "Ainda não temos a hora do assassinato, mas sabemos que foi degolado. Miseravelmente o degolaram", disse Uribe ao lamentar a morte de Cuéllar.

"Os altos comandos me explicaram que, como havia uma perseguição policial, seguramente os terroristas, para evitar os disparos, degolaram o senhor governador".

Cuéllar foi retirado de casa em Florencia, na noite desta segunda-feira por um grupo de guerrilheiros. Após queimar o veículo em que era transportado, os sequestradores degolaram o governador.

Mais cedo, a governadora interina de Caquetá, Olga Patricia Vega, informou que, ao que tudo indicava, Cuéllar foi executado porque teve dificuldades para caminhar durante a fuga dos sequestradores.

O site do jornal "El Tiempo" havia informado que o corpo de Cuéllar estava "próximo a um veículo incinerado empregado no sequestro", em um local a cerca de 15 km ao sul de Florencia, "com impactos de bala e cercado de explosivos".

De acordo com o noticiário CM&, o corpo não pôde ser removido imediatamente pelo Exército por estar preso a vários explosivos, em uma zona minada pelos rebeldes.

Este foi o primeiro sequestro de uma grande autoridade na Colômbia desde a posse de Uribe, em agosto de 2002, quando teve início a política de "segurança democrática", que privilegia a estratégia militar para combater a guerrilha.

As Farc, com mais de 6.000 combatentes, são a mais antiga guerrilha da Colômbia, com 45 anos de luta armada. A guerrilha mantém 24 militares e policiais reféns, alguns com mais de dez anos de cativeiro, e sua meta é trocá-los por 500 rebeldes presos --proposta já rejeitada por Uribe.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página