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Três brasileiros continuam internados após ataque violento no Suriname
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da Folha Online
Um brasileiro recebeu alta e outros três continuam internados em estado grave em um hospital de Paramaribo, capital do Suriname, após um violento ataque que deixou ao menos 25 feridos. Segundo o Ministério de Relações Exteriores do Brasil, nenhum dos brasileiros corre risco de morte.
O ministério informou ainda que a missão diplomática que viajou neste domingo à cidade de Albina, cerca de 150 km de Paramaribo, encontrou mais um brasileiro que mora no local. A assessoria não sabe dizer, contudo, se ele está ferido ou precisará ser hospitalizado.
A missão diplomática, liderada pelo embaixador brasileiro no Suriname, José Luiz Machado e Costa, conversa com os brasileiros para obter mais detalhes do ataque e saber se há algum desaparecido.
Neste domingo (27), o embaixador Costa disse que havia, ao todo, 25 feridos. Na Guiana Francesa, o consulado brasileiro localizou nove dos feridos --levados para a cidade de Saint Laurent du Maroni, que fica do outro lado do rio--, dentre os quais se encontra a grávida que perdeu o bebê.
Em nota, a Embaixada do Brasil no Suriname negou que o ataque tenha matado brasileiros --como relataram testemunhas à imprensa.
Segundo o embaixador, a situação em Albina está tranquila. Ele visitou a área acompanhado por representantes da diplomacia surinamesa e uma escolta das forças de segurança surinamesas.
Brasileiros que moram no Suriname e a embaixada disseram que o poder público tem dificuldade para impor a lei no lugar, dominado pelos marrons, como são conhecidos os descendentes de quilombolas.
Em rápida conversa nesta segunda-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o secretário-geral do Ministério de Relações Exteriores, Antonio Patriota, confirmou que o Itamaraty não identificou mortos no Suriname.
Patriota disse a Lula que a situação no país vizinho está se normalizando, uma vez que as investigações estão em curso para identificar culpados e as causas do ataque.
Ataque
A polícia do Suriname deteve 35 suspeitos de participação no ataque a um grupo de 81 garimpeiros brasileiros na noite da última quinta-feira (24) em Albina, na fronteira com a Guiana Francesa. Não foram fornecidos, porém, mais detalhes sobre tais prisões.
Facões e machados foram utilizados no ataque contra os brasileiros, realizado durante a noite de Natal. Além disso, os surinameses supostamente estupraram mulheres no incidente, ocorrido em Albina.
O incidente foi motivado por um crime supostamente cometido por um brasileiro, gerando uma reação dos marrons.
Albina tem um grande contingente de brasileiros que vão trabalhar com garimpo no outro lado da fronteira --o que é proibido pelas leis daquele território, que ainda pertence aos franceses.
Além de atacar os brasileiros, o grupo invadiu um shopping center e outras lojas da cidade. Os moradores locais chegaram a incendiar algumas lojas e bombeiros de Saint Laurent du Maroni, na Guiana Francesa, ajudaram a extinguir as chamas.
Segundo Costa disse neste domingo à Folha Online, é pouco provável que os brasileiros queiram voltar a Albina depois do ataque violento.
Do grupo de 81 brasileiros que viviam na cidade, contudo, apenas cinco quiseram retornar ao país no avião da FAB (Força Aérea Brasileira), que viajou ao local para dar assistência às vítimas. Eles aterrissaram em Belém, no Pará, às 21h30 deste domingo e voltaram para suas casas na cidade.
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