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05/01/2010 - 13h04

Irã proíbe cidadãos de manter contato com ONGs e mídia ocidental

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da Folha Online

O Irã proibiu seus cidadãos de manter contato com cerca de 60 ONGs ocidentais, com meios de comunicação estrangeiros em persa e com os sites considerados "contrarrevolucionários", segundo uma lista divulgada nesta terça-feira.

O Ministério da Inteligência, autor da lista, acusa todas essas organizações e empresas de terem influenciado os protestos antigoverno registrados no país desde a polêmica reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em junho de 2009.

Entre as ONG citadas figuram, principalmente, organizações americanas como Human Rights Watch, Brookings Institution, a fundação George Soros, National Endowment for Democracy (NED) e as fundações Ford e Rockfeller. Também foram citados como hostis à República Islâmica a Voz da América (VOA), a BBC e Rádio Farda (financiada pelos Estados Unidos), Kol Israel (a rádio oficial israelense).

"Cooperar e assinar acordos com estas fundações e instituições que realizam uma 'revolução de veludo' contra o Irã é ilegal, e receber apoio delas é proibido", afirmou a fonte, que cita um alto responsável do Ministério de Inteligência iraniano. A nota também pede aos iranianos que "evitem qualquer relação incomum com as organizações e com embaixadas e estrangeiros".

"Partidos políticos estão proibidos de receber financiamento externo", acrescenta a nota.

O episódio mais recente e mais grave da crise política iraniana foi o violento protesto feito no último dia 27, dia em que os xiitas celebram sua festa mais sagrada, a Ashura. Houve conflito e os agentes de segurança chegaram a atirar contra os manifestantes, segundo testemunhas. Nos distúrbios, oito pessoas morreram segundo o governo, incluindo um sobrinho do líder da oposição no país, Mir Hossein Mousavi --a oposição afirmou que os mortos somam 15.

Mais de 500 pessoas foram presas, incluindo cerca de dez oposicionistas, entre eles três conselheiros de Mousavi. Entre os presos estão também a irmã da advogada iraniana Shirin Ebadi, prêmio Nobel da Paz em 2003, e o jornalista sírio Reza al Basha, 27, que trabalha para a TV oficial de Dubai.

Nesta terça-feira, o Irã afirmou que os estrangeiros presos acusados de envolvimento nesses protestos serão punidos e que todos os supostos manifestantes podem acabar considerados "inimigos de Deus" --o que, no país, dá pena de morte.

 

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