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Chávez se irrita com críticas à desvalorização da moeda venezuelana
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da Efe, em Caracas
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, criticou aqueles que preveem o fim do apoio popular à sua gestão por conta da desvalorização do bolívar, moeda local e que terá duas cotações oficiais a partir de segunda-feira.
"São pessoas da oposição nascidas na Venezuela, mas que não têm coração venezuelano, são apátridas e andam incomodados desde o anúncio da medida. Deixem-nos esperando", comentou.
Chávez comemorou que outros setores, incluindo um de empresários que também não foi identificado, e "outros que querem me derrubar", concordaram com a previsão de que a desvalorização do bolívar aumentará a produção nacional e trará vagas de trabalho.
O presidente informou ontem a desvalorização da moeda, que agora exibirá duas taxas oficiais frente ao dólar --uma decisão que surge em meio a uma grave crise energética e uma persistente inflação.
O chamado "bolívar forte" registrará assim sua primeira desvalorização desde que o governo de Chávez o colocou em circulação em 1º de janeiro de 2008 no lugar do "bolívar velho", passando da paridade oficial atual única de 2,15 bolívares por dólar (2.150 bolívares "velhos"), para uma de 2,6 e outra de 4,3 bolívares.
Esta última dobrará a atual cotação e buscará combater uma extraoficial que a triplica, toda vez que quem precisar de uma quantidade maior de divisas do que a ofertada pelo Estado e pagará esta semana mais de 6 bolívares, segundo a imprensa local.
A cotação de 2,6 bolívares regerá por sua vez para todas as importações do setor público e as requeridas por setores básicos e prioritários, entre eles o de alimentos, saúde e remessas, destacou Chávez.
"Estávamos vendendo dólares muito baratos e durante muito tempo, e muitos setores preferem assim porque podem importar mais barato em vez de aumentar os esforços para produzir aqui", disse Chávez ao justificar o aumento da cotação.
Noel Álvarez, presidente da Fedecámaras --organização empresarial da Venezuela conhecida por ser contra o regime do Presidente Hugo Chávez-- disse que a medida provocaria um aumento da inflação e levaria o país a uma recessão econômica ainda maior que a atual.
"O ajuste deve ser visto no contexto gerado pelo modelo econômico que serve de base para o Governo nos últimos anos, segundo o qual prevalece o critério de gerar crescimento com base em um importante gasto fiscal, e em função da volatilidade dos preços do petróleo", disse Álvarez a uma rádio local.
Para o presidente da Fedecámaras, o anúncio prova "a ineficácia" de Chávez para controlar a inflação e evitar a saída de capitais, o que limita o investimento nacional e do exterior.
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