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22/08/2000 - 16h06

Submarino russo pode vazar radiação em poucas semanas

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da France Presse
em Washington

Um ex-engenheiro nuclear da marinha russa, fervoroso defensor do meio ambiente, disse hoje que o submarino Kursk, que está no fundo do mar de Barents (norte da Rússia) a mais de 100 metros de profundidade, poderia começar a vazar radiação em seis semanas ou antes.

"Creio que se os reatores não tiverem nenhum dano estrutural, então não deve acontecer nada em um mês", disse Alexander Nikitin, 46, que se encontra nos Estados Unidos. "Por outro lado, se houve uma ruptura ou outro dano no reator, então a radiação começará a vazar em poucas semanas."

Ele disse na entrevista que vários fatores como as correntes submarinas locais, a temperatura da água e a água que circula pelo compartimento de reatores teriam influência nos futuros vazamentos radioativos.

De acordo com o engenheiro, os vazamentos também seriam difíceis de monitorar. "As massas de água tendem a dispersar os materiais radioativos, e por isso os métodos de monitoração poderiam não acusar a presença de radiação". Nikitin declarou que o mero fato de os reatores nucleares estarem submersos já "cria o perigo de vazamentos radioativos".

O Kursk, submarino de ataque da classe Oscar 2, estava equipado com dois reatores nucleares, de acordo com especialistas norte-americanos.

Nikitin ganhou notoriedade no início de 1996 quando as autoridades russas o detiveram por revelar segredos de Estado em um informe que recebeu sobre riscos de radiação causadas pela frota do norte.

Nikitin havia prestado serviços como engenheiro nuclear em um submarino e foi liberado 11 meses depois em meio a uma forte pressão internacional. No ano passado, uma corte de São Petersburgo absolveu Nikitin de todas as acusações, mesma atitude da Corte Suprema da Rússia em abril deste ano. Mas o Procurador-Geral russo apelou da sentença da Corte Suprema, que analisará o caso em 13 de setembro.



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