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13/01/2010 - 07h38

Europa envia equipes de resgate ao Haiti após devastador terremoto

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da Efe
da Folha Online

A Suíça, o Reino Unido e a França anunciaram nesta quarta-feira o envio imediato ao Haiti de equipes especializadas para intervenção de urgência para colaborar nos trabalhos de resgate, após um terremoto de 7 graus de magnitude que devastou a capital do país, Porto Príncipe.

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O terremoto de magnitude 7 aconteceu às 16h53 (19h53 em Brasília), a cerca de 16 km da capital haitiana, sendo considerado o mais forte no país em 200 anos.

O forte terremoto destruiu prédios e matou um número ainda incerto de pessoas, em um dos países mais pobres do mundo. Sem levantamentos oficiais e em meio a um colapso nas comunicações, fontes médicas e humanitárias preparam-se para a possibilidade de haver milhares de mortos, incluindo estrangeiros de diversas nacionalidades que fazem parte da força de paz das Nações Unidas, liderada há cinco anos pelo Brasil. Diversos países e entidades internacionais mobilizam-se para ajudar o país.

O Ministério de Relações Exteriores do Brasil informou em comunicado nas primeiras horas desta quarta-feira que o Brasil sofreu "sérios abalos, mas não houve vítimas entre os funcionários brasileiros". O ministério não sabe informar, contudo, sobre os soldados brasileiros.

O Brasil comanda cerca de 7.000 soldados da força de paz da ONU (Minustah) no Haiti, enviada ao país em 2004, e tem cerca de 1.300 homens na região.

O grupo de ajuda suíço partirá durante a manhã e servirá como missão intermediária para avaliar as necessidades no terreno. Também se estuda a participação nas operações da Rede de Salvamento do Corpo Suíço de Ajuda Humanitária.

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores suíço, Lars Knuchel, disse que a Suíça também propôs ajuda direta ao governo haitiano.

Ainda não há informações precisas sobre vítimas e danos materiais na Embaixada e no Escritório de Cooperação e Desenvolvimento da Suíça em Porto Príncipe.

O sistema de coleta e de solidariedade da Suíça abriu nesta quarta-feira uma conta a favor dos desabrigados do Haiti. Os responsáveis desse sistema, que financia vários projetos no país caribenho, disseram que estão preparando o envio de ajuda de emergência e uma participação no processo de reconstrução nos próximos dias e meses, se for necessário.

Reino Unido

Já o governo britânico expressou sua "profunda preocupação" pelo terremoto e enviará também nesta quarta-feira uma equipe humanitária de ajuda.

Um porta-voz do Departamento de Ajuda Internacional (DFID, sigla em inglês) assinalou que é preciso estabelecer quais são as necessidades do Haiti, por isso segue de perto a situação.

"Estamos profundamente preocupados pelo alcance do terremoto que sacudiu o Haiti. Parece que foi severo e causou consideráveis danos. Ainda não temos um panorama claro sobre as necessidades das autoridades haitianas ou das agências humanitárias", acrescentou a fonte.

"Mobilizamos uma equipe humanitária do DFID, que vai viajar hoje ao Haiti. Estamos prontos para facilitar qualquer tipo de assistência humanitária que seja requerida", afirmou o porta-voz.

França

Dois aviões franceses partirão nesta quarta-feira com destino ao Haiti para levar ajuda humanitária e pessoal especializado, informou a Secretaria de Estado de Cooperação francesa.

Um dos aparatos sairá da cidade caribenha de Fort-de-France, na Martinica, e transportará uma equipe de militares e de pessoal da segurança civil e hospitaleira. O outro avião, que também transportará ajuda humanitária e pessoal, vai decolar de Marselha, no sudeste da França.

No total, a segurança civil francesa espera que 130 agentes estejam no Haiti nas próximas 24 horas.

O Ministério do Interior anunciou o envio urgente de dois grupos de intervenção em zonas de catástrofe que partirão das colônias de Martinica e Guadalupe, assim como membros da segurança civil que vivem na parte europeia da França.

Também serão enviados cachorros especializados na busca e salvamento de pessoas entre escombros.

As autoridades diplomáticas francesas buscam informações sobre vítimas do país entre os envolvidos na catástrofe, já que 1.400 franceses estão recenseados no Haiti, dos quais 1.200 vivem na capital, Porto Príncipe, que foi muito afetada.

Em uma das primeiras informações disponíveis com número estimado de vítimas, o secretário francês para a Cooperação, Alain Joyandet, disse, em Paris, que cerca de 200 pessoas estariam sob os escombros do hotel Le Montana, um dos mais luxuosos de Porto Príncipe.

Alemanha

O ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, também ofereceu ao Haiti "toda a ajuda possível" para enfrentar as consequências do forte terremoto que sacudiu o país caribenho. "O governo alemão apoiará o Haiti com toda a ajuda possível".

O ministério criou um comitê de crise que deverá determinar se há alemães afetados pelo terremoto e avaliar de que maneira pode ser prestado socorro nas zonas afetadas pela catástrofe.

 

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