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14/01/2004
-
13h07
JEAN-LOUIS DOUBLET
da France Presse, em Washington
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, anunciará hoje o reinício das missões à Lua na tentativa de proporcionar aos americanos um motivo que os faça sonhar novamente, a menos de dez meses das eleições presidenciais.
Bush vai detalhar o programa espacial, já revelado pela imprensa de seu país, durante um discurso na sede da Nasa (agência espacial americana) em Washington, às 15h locais (18h de Brasília).
"Vou falar do espírito da busca e exploração, de busca de novos horizontes e do investimento em um programa que atinja seu objetivo", afirmou o presidente ontem, falando à imprensa à margem da Cúpula Extraordinária das Américas de Monterrey, no México.
A Lua, onde os astronautas americanos puseram seus pés pela primeira vez em julho de 1969 (missão Apolo 11) e pela última vez em dezembro de 1972 (Apolo 17), será o principal objetivo do novo programa, mas, nesta oportunidade, deverá servir também de plataforma para novas missões mais audaciosas, como Marte.
Um dos interesses em ter uma presença permanente na Lua, além de seu potencial científico, é o lançamento de naves para outros planetas, o que implicará em menor gasto de energia devido a uma gravidade seis vezes menor do que a da Terra.
Dessa forma, Bush também resolverá a questão da substituição dos ônibus espaciais, cujo primeiro vôo remonta a abril de 1981.
Bush prometeu que as viagens espaciais continuariam mesmo depois do acidente, em fevereiro de 2003, com o Columbia, que se desintegrou ao entrar na atmosfera provocando a morte dos sete astronautas que estavam a bordo.
Eleição
A menos de dez meses das eleições, Bush busca despertar um entusiasmo similar ao que dominou os americanos em maio de 1961, quando o então presidente John F. Kennedy lançou o programa Apolo para enviar homens à Lua num prazo de dez anos. Mas deve fazer frente a diversos obstáculos, entre os quais o mais evidente é o financiamento da empreitada.
Desde o início de sua presidência em 2001, o orçamento federal passou de uma situação de excedente para um déficit que poderá alcançar os US$ 500 bilhões em 2004.
O ex-presidente dos EUA George Bush (1989-1993) pediu à Nasa, em 1989, quando exercia sua primeira Presidência, que avaliasse um programa de exploração lunar. Uma somo potencial de US$ 400 bilhões assustou o Congresso na ocasião, e o projeto foi enterrado.
Para não repetir o que aconteceu, Bush filho deverá gerenciar o programa dentro de um crescimento anual de 5% do atual orçamento da Nasa, ou seja, US$ 15 bilhões, e fazer uma economia em outros programas.
Um novo programa espacial permitiria da mesma forma manter os empregos ligados ao setor na Flórida e no Texas, dois Estado do sul que abrigam a maior parte das atividades da Nasa e de suas subcontratistas.
A Flórida voltará a ser um Estado-chave na eleição de 2 de novembro --foi lá que o cargo foi decidido em 2000-- e Bush foi governador do Texas antes de chegar à Casa Branca.
Análise: Bush lança programa espacial a dez meses das eleições
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da France Presse, em Washington
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, anunciará hoje o reinício das missões à Lua na tentativa de proporcionar aos americanos um motivo que os faça sonhar novamente, a menos de dez meses das eleições presidenciais.
Bush vai detalhar o programa espacial, já revelado pela imprensa de seu país, durante um discurso na sede da Nasa (agência espacial americana) em Washington, às 15h locais (18h de Brasília).
"Vou falar do espírito da busca e exploração, de busca de novos horizontes e do investimento em um programa que atinja seu objetivo", afirmou o presidente ontem, falando à imprensa à margem da Cúpula Extraordinária das Américas de Monterrey, no México.
A Lua, onde os astronautas americanos puseram seus pés pela primeira vez em julho de 1969 (missão Apolo 11) e pela última vez em dezembro de 1972 (Apolo 17), será o principal objetivo do novo programa, mas, nesta oportunidade, deverá servir também de plataforma para novas missões mais audaciosas, como Marte.
Um dos interesses em ter uma presença permanente na Lua, além de seu potencial científico, é o lançamento de naves para outros planetas, o que implicará em menor gasto de energia devido a uma gravidade seis vezes menor do que a da Terra.
Dessa forma, Bush também resolverá a questão da substituição dos ônibus espaciais, cujo primeiro vôo remonta a abril de 1981.
Bush prometeu que as viagens espaciais continuariam mesmo depois do acidente, em fevereiro de 2003, com o Columbia, que se desintegrou ao entrar na atmosfera provocando a morte dos sete astronautas que estavam a bordo.
Eleição
A menos de dez meses das eleições, Bush busca despertar um entusiasmo similar ao que dominou os americanos em maio de 1961, quando o então presidente John F. Kennedy lançou o programa Apolo para enviar homens à Lua num prazo de dez anos. Mas deve fazer frente a diversos obstáculos, entre os quais o mais evidente é o financiamento da empreitada.
Desde o início de sua presidência em 2001, o orçamento federal passou de uma situação de excedente para um déficit que poderá alcançar os US$ 500 bilhões em 2004.
O ex-presidente dos EUA George Bush (1989-1993) pediu à Nasa, em 1989, quando exercia sua primeira Presidência, que avaliasse um programa de exploração lunar. Uma somo potencial de US$ 400 bilhões assustou o Congresso na ocasião, e o projeto foi enterrado.
Para não repetir o que aconteceu, Bush filho deverá gerenciar o programa dentro de um crescimento anual de 5% do atual orçamento da Nasa, ou seja, US$ 15 bilhões, e fazer uma economia em outros programas.
Um novo programa espacial permitiria da mesma forma manter os empregos ligados ao setor na Flórida e no Texas, dois Estado do sul que abrigam a maior parte das atividades da Nasa e de suas subcontratistas.
A Flórida voltará a ser um Estado-chave na eleição de 2 de novembro --foi lá que o cargo foi decidido em 2000-- e Bush foi governador do Texas antes de chegar à Casa Branca.
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