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17/01/2004 - 16h34

Espanha acusa grupo de ameaçar sua embaixada na Venezuela

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da France Presse, em Caracas

A embaixada da Espanha em Caracas confirmou neste sábado à agência France Presse que o grupo "Néstor Cerpa Cartolini", presumivelmente seguidor do presidente Hugo Chávez, assumiu as ameaças de ataque contra sua missão diplomática na capital venezuelana, além da dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha.

O porta-voz da embaixada, que divulgou a informação, preferiu não ter o nome divulgado. Segundo ele, "efetivamente trata-se do grupo irregular Nestor Cerpa Cartolini. A polícia local confirmou as ameaças contra nós por parte deste grupo ilegal que opera em Caracas".

O porta-voz também confirmou que essas ameaças se estendem às embaixadas dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha em Caracas e que a legação espanhola "tomou as medidas de segurança" necessárias para prevenir eventuais ataques.

O grupo "Néstor Cerpa Cartolini" atacou sexta-feira a popular paróquia 23 de janeiro, localizada a um quilômetro do palácio presidencial de Miraflores, no centro da capital. Dois policiais e dois civis ficaram feridos.

A operação foi classificada de atentado "guerrilheiro" pelo diretor da Polícia Metropolitana, comissário Lázaro Forero.

O chanceler venezuelano, Roy Chaderton, disse à France Presse que "não desmente, nem confirma" a ameaça, acrescentando que esse assunto "é da competência das forças de segurança venezuelanas".

O Departamento de Estado americano advertiu em Washington sobre uma presumível "ameaça iminente" de ataque a sua embaixada em Caracas e sobre um possível ataque aos interesses americanos na capital venezuelana, pedindo precauções a seus cidadãos no país, a partir de domingo, dia 18 até o dia 20 de janeiro.

A embaixada britânica também divulgou um comunicado advertindo seus cidadãos sobre a tensão política que "pode gerar incidentes imprevisíveis" na Venezuela.

O grupo denunciado, Néstor Cerpa Cartolini, recebeu o nome do guerrilheiro morto do Movimento Revolucionário Túpac Amaru (MRTA) do Peru, que em dezembro de 1996 comandou a tomada da embaixada do Japão em Lima.

Esse ataque se prolongou até abril do ano seguinte, quando os reféns foram libertados numa operação militar ordenada pelo então presidente Alberto Fujimori, e na qual morreram Cerpa e outros treze guerrilheiros, além de um refém e dois militares.

Com agências internacionais
 

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