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19/01/2004
-
07h47
da Folha Online
Milhares de xiitas se reuniram hoje no centro de Bagdá para exigir eleições democráticas no Iraque.
Segundo a agência de notícias Associated Press, a manifestação reuniu até 100 mil xiitas, grupo que congrega cerca de 60% da população iraquiana.
"Sim para o islã. Sim para a Hawza [instituição xiita de referência]. Não ao terrorismo", gritavam manifestantes. Alguns letreiros traziam a frase "Democracia quer dizer eleições".
"Pedimos que a vontade da majaya [direção xiita] seja respeitada e que a assembléia de transição seja eleita pelo povo", declarou um manifestante.
Calma
A manifestação, protegida por um serviço de ordem da Hawza e pela polícia iraquiana, se dirigia com calma para uma universidade de Mustansiryia.
"Assim como há eleições na Europa e na América, devemos ter eleições aqui", disse um dos manifestantes, Abu Qarar al Bahadiri.
"A América diz que é democrática e que leva liberdade para países. Então ela deveria trazer eleições, especialmente porque vivemos 35 anos de escuridão, precisamos ter uma eleição que represente as pessoas", afirmou.
Plano
O mais respeitado clérigo xiita do Iraque, aiatolá Ali al Sistani, negou-se a apoiar o plano dos EUA de estabelecer uma assembléia de transição no Iraque a ser escolhida por convenções regionais em vez de eleições. A assembléia escolherá um governo interino, que deve receber o poder do país até o final de junho.
Sistani quer que o governo interino seja eleito diretamente, e sua oposição à proposta dos EUA pode provocar que muitos da maioria xiita do Iraque rejeitem o plano.
Washington diz que o Iraque não está pronto para eleições, que aconteceriam apenas em 2005.
Ataque
Um ataque suicida com carro-bomba deixou ontem pelo menos 20 mortos e 60 feridos na entrada principal da sede das forças de coalizão liderada pelos EUA em Bagdá. É o pior ataque no Iraque desde a captura do ex-ditador Saddam Hussein, no mês passado.
O atentado suicida aconteceu em um momento particularmente delicado para os Estados Unidos, às vésperas de uma importante reunião na ONU (Organização das Nações Unidas) e do discurso do presidente George W. Bush sobre o Estado da União no Congresso dos EUA.
O atentado põe mais uma vez em evidência a extrema precariedade da situação em matéria de segurança no Iraque, dez meses após a derrubada do regime de Saddam Hussein e a dez meses das eleições presidenciais nos EUA, em novembro.
Com agências internacionais
Especial
Leia mais sobre o Iraque ocupado
Xiitas protestam em Bagdá para exigir eleições democráticas
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Milhares de xiitas se reuniram hoje no centro de Bagdá para exigir eleições democráticas no Iraque.
Segundo a agência de notícias Associated Press, a manifestação reuniu até 100 mil xiitas, grupo que congrega cerca de 60% da população iraquiana.
"Sim para o islã. Sim para a Hawza [instituição xiita de referência]. Não ao terrorismo", gritavam manifestantes. Alguns letreiros traziam a frase "Democracia quer dizer eleições".
"Pedimos que a vontade da majaya [direção xiita] seja respeitada e que a assembléia de transição seja eleita pelo povo", declarou um manifestante.
Calma
A manifestação, protegida por um serviço de ordem da Hawza e pela polícia iraquiana, se dirigia com calma para uma universidade de Mustansiryia.
"Assim como há eleições na Europa e na América, devemos ter eleições aqui", disse um dos manifestantes, Abu Qarar al Bahadiri.
"A América diz que é democrática e que leva liberdade para países. Então ela deveria trazer eleições, especialmente porque vivemos 35 anos de escuridão, precisamos ter uma eleição que represente as pessoas", afirmou.
Plano
O mais respeitado clérigo xiita do Iraque, aiatolá Ali al Sistani, negou-se a apoiar o plano dos EUA de estabelecer uma assembléia de transição no Iraque a ser escolhida por convenções regionais em vez de eleições. A assembléia escolherá um governo interino, que deve receber o poder do país até o final de junho.
Sistani quer que o governo interino seja eleito diretamente, e sua oposição à proposta dos EUA pode provocar que muitos da maioria xiita do Iraque rejeitem o plano.
Washington diz que o Iraque não está pronto para eleições, que aconteceriam apenas em 2005.
Ataque
Um ataque suicida com carro-bomba deixou ontem pelo menos 20 mortos e 60 feridos na entrada principal da sede das forças de coalizão liderada pelos EUA em Bagdá. É o pior ataque no Iraque desde a captura do ex-ditador Saddam Hussein, no mês passado.
O atentado suicida aconteceu em um momento particularmente delicado para os Estados Unidos, às vésperas de uma importante reunião na ONU (Organização das Nações Unidas) e do discurso do presidente George W. Bush sobre o Estado da União no Congresso dos EUA.
O atentado põe mais uma vez em evidência a extrema precariedade da situação em matéria de segurança no Iraque, dez meses após a derrubada do regime de Saddam Hussein e a dez meses das eleições presidenciais nos EUA, em novembro.
Com agências internacionais
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